VIZINHA
Eu estranhei que não via Angélica há três dias. Normalmente, ela sempre saía com Lara ou me cumprimentava na porta. Quando fui até a casa dela, vi a porta aberta. Um arrepio percorreu minha espinha, mas entrei. Tudo parecia em ordem, até que encontrei a carta na mesa. O celular de Angélica estava desbloqueado, e foi quando eu olhei para o banheiro e vi o corpo dela.
O choque foi instantâneo. Angélica estava pendurada no banheiro, e meu coração afundou ao ver aquela cena. Não pude deixar de me sentir culpada por não ter percebido o que estava acontecendo com ela.
Peguei o celular e, entre as mensagens e chamadas, encontrei um número que parecia importante. Não pensei duas vezes antes de ligar.
JEON JUNGKOOK
Eu estava no trabalho quando o telefone tocou. Era um número da Angélica, e ao atender, a voz de outra mulher tremia.
Vizinha: Oi, é o Jeon? Eu... Eu sou vizinha de Angélica. Eu... Eu encontrei o corpo dela. Ela se matou.
Eu fiquei em silêncio, o choque percorrendo cada parte do meu corpo. Minha mente não conseguia processar o que estava ouvindo.
Vizinha: Ela deixou uma carta, e o celular estava aberto... Eu vi o número de você aqui, e achei que você deveria saber.
Eu senti meu coração apertar. Era como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés. Eu tinha que ir até lá, tinha que ver com meus próprios olhos. Não podia acreditar no que estava acontecendo, mas sabia que precisava fazer alguma coisa.
Jeon: Estou indo agora.
Desliguei, tentando controlar a raiva, a tristeza, a culpa que agora estava pesando sobre meus ombros. Eu não sabia como seria a próxima etapa, mas uma coisa era certa: Angélica precisava de ajuda, e eu não pude fazer nada.
Quando cheguei à casa dela, a polícia já estava no local. O ambiente estava pesado, a atmosfera carregada com o silêncio da dor. Um policial me avistou e se aproximou.
Policial: O senhor é o Jeon? Ela deixou um bilhete, mas não podemos ainda confirmar os detalhes. Estamos apenas aguardando o IML.
Eu só assenti, não conseguindo dizer nada. Meus olhos se fixaram na porta do banheiro, onde, com um simples gesto, tudo mudaria para sempre.
VIZINHA
A polícia chegou logo depois que liguei para Jeon, mas havia algo em mim que ainda não conseguia entender por que isso aconteceu. Angélica sempre parecia forte, mas sabia que a tristeza a consumia aos poucos. Eu não percebi, mas sei que a dor que ela sentia era maior do que qualquer coisa que pudesse imaginar.
Jeon, com um olhar de dor, entrou na casa e se aproximou de nós. Ele estava em choque, mas tentava se manter firme, por Lara, por Angélica. Ele pediu para ver a carta, e o policial a entregou, ainda com um olhar sério, respeitoso.
Jeon: Eu deveria ter visto... Eu deveria ter percebido. Por que você não me disse, Angélica?
Ele murmurou, a dor evidente em sua voz.
Eu não sabia o que responder, mas meu silêncio dizia tudo. O que poderia ser dito diante de uma perda tão brutal?
Quando a polícia começou a recolher as evidências, meu pensamento estava em Lara. A criança que agora ficaria sem mãe. Eu sabia que o mundo dela nunca mais seria o mesmo, e isso me destruía por dentro. Angélica tinha ficado tão sozinha.
JEON JUNGKOOK
Eu encarei o bilhete. As palavras de Angélica estavam escritas com uma mão trêmula, mas não havia erro. Ela dizia o quanto amava Lara, o quanto queria o melhor para ela, mas ao mesmo tempo, se via sem forças para continuar. Ela escreveu que sabia que Lara estaria em boas mãos, que me entregava a filha porque confiava em mim, mas que a dor era algo insuportável.
Cada palavra parecia um peso no meu peito. Eu não sabia se ela realmente acreditava que Lara estava segura comigo, ou se ela achava que sua partida era a única opção. O fato de ela ter se sentido sozinha, sem ninguém ao seu lado para pedir ajuda, cortava ainda mais.
A carta terminou com um simples "Desculpe". E naquele momento, eu sabia que não havia mais nada que pudesse fazer.
A polícia começou a fazer suas perguntas, mas minha mente estava distante. Eu só pensava em Lara, em como dizer a ela o que aconteceu, como contar a ela que sua mãe não estava mais aqui.
Eu olhei para a vizinha, que estava visivelmente abalada. Ela tinha sido a única a perceber algo errado, mas, como eu, também não soubera o que fazer. Todos nós estávamos impotentes diante de algo que poderia ter sido evitado.
Com o peso do mundo nos ombros, eu fiz uma promessa silenciosa. Eu cuidaria de Lara, a daria a vida que Angélica não pôde. Ela seria minha responsabilidade agora, e eu faria o que fosse preciso para garantir que sua mãe não tivesse partido em vão.
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.... Sinto muito... Ela perdeu o marido e o irmão, ficou visivelmente abalada! E acabou fazendo o que não devia...
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💕𝐁𝐚𝐛á 𝐃𝐨 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐨 𝐃𝐨 𝐂𝐡𝐞𝐟𝐞 𝐃𝐚 𝐌á𝐟𝐢𝐚❤️🔥
Fanfiction🐇𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐣𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤 𝐮𝐦 𝐦á𝐟𝐢𝐨𝐬𝐨 𝐛𝐚𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐟𝐚𝐦𝐨𝐬𝐨 𝐞 𝐫𝐢𝐜𝐨, 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐮𝐦 𝐬𝐨𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐫 𝐮𝐦 {𝐚} 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐨 {𝐚}, 𝐏𝐨𝐫𝐞𝐦 𝐬𝐮𝐚 𝐟𝐚𝐥𝐞𝐜𝐢𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐩𝐨𝐬𝐚 𝐌𝐞𝐥𝐢𝐬𝐬𝐚 𝐤𝐢𝐦, 𝐨𝐝𝐢𝐚𝐯𝐚 𝐞𝐬𝐬𝐚...
