💕𝐁𝐚𝐛á 𝐃𝐨 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐨 𝐃𝐨 𝐂𝐡𝐞𝐟𝐞 𝐃𝐚 𝐌á𝐟𝐢𝐚❤️‍🔥

"𝐁𝐞𝐦 𝐯𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐟𝐚𝐦𝐢𝐥𝐢𝐚 𝐜𝐚𝐨𝐭𝐢𝐜𝐚"

Helen

Ainda estava no meu período menstrual, então acordei meio indisposta. Mas não era nada que um banho quente não pudesse amenizar.

Depois de me lavar, saí enrolada na toalha e encontrei a roupa que Hayato havia separado para mim. Ele sempre fazia essas pequenas coisas, como escolher algo confortável para eu usar nesses dias, e isso me fazia amá-lo ainda mais.

Depois de colocar o absorvente e me vestir, fui até a cozinha, onde preparei uma xícara de chá e comi algo leve.

Quando saí para o quintal, parei por um momento para observar a cena diante de mim.

Hayato estava do lado de fora, junto com seus tios—Namjoon, Jin, Yoongi, Hoseok, Jimin e Taehyung—e seu pai, Jungkook. Todos estavam limpando o quintal, organizando algumas coisas, tirando folhas secas e conversando entre si. Era engraçado ver um grupo de homens tão poderosos em seus respectivos trabalhos e vidas pessoais agora de vassouras e pás na mão, parecendo vizinhos normais fazendo uma faxina coletiva.

Logo depois, olhei um pouco mais para o lado e vi Aurora (4), minha pequena cunhada, brincando com as outras crianças. Perto dela estavam Seojun (6), Maya (9), Maitê (10), Lumy (13) e Emanuel (15), todos envolvidos em alguma brincadeira animada.

Já um pouco mais afastadas, estavam as mulheres da família: S/N, Brenda, Verônica, Elisa e Luciane, conversando e rindo enquanto observavam os homens trabalhando.

Respirei fundo e sorri.

Mesmo com todas as mudanças na minha vida, mesmo sem o apoio dos meus pais biológicos, eu sabia que agora eu fazia parte de uma família de verdade. Uma família barulhenta, cheia de personalidades fortes, mas que se apoiava em qualquer situação.

E, sinceramente?

Eu não trocaria isso por nada no mundo.

PARK S/N

Estávamos todas reunidas ao redor da mesa, saboreando uma carne deliciosa que os homens prepararam no quintal. O ambiente estava cheio de risadas e conversas descontraídas, com todos aproveitando o momento juntos. Helen, depois de se juntar a nós, parecia mais tranquila, sorrindo enquanto olhava o movimento da casa.

Apesar da alegria ao nosso redor, havia uma ausência perceptível. Lara, a pequena filha  de Angélica e de Miguel sobrinha de Ângelo, estava um pouco afastada. A tristeza em seu olhar era evidente, e eu sabia que ela estava lidando com a perda recente dos pais e do tio.

A dor pela perda ainda era muito fresca para ela, e não conseguíamos fazer muito além de dar apoio e amor. Ela parecia procurar um cantinho no jardim, observando as crianças brincando com um sorriso tímido, mas seu olhar parecia distante.

Então, Aurora, com sua energia contagiante, percebeu a tristeza de Lara. Sem hesitar, levantou-se da mesa e correu até ela, seu pequeno corpo balançando com os cachos dourados que a caracterizavam.

Aurora:Oi, Lara!

Ela disse com sua voz doce, com a mãozinha levantada, tentando chamar a atenção da menina.

Aurora: Você quer brincar de castelo comigo? Eu sou a rainha e você pode ser a princesa!

Lara olhou para Aurora, ainda com um olhar um pouco triste, mas não conseguiu resistir ao charme da pequena. Ela assentiu lentamente, e Aurora, com um sorriso enorme, pegou sua mãozinha e a puxou em direção ao local onde as outras crianças estavam.

Aurora:Vem, vem! Vai ser divertido!

Aurora disse, quase pulando de tanta empolgação.

Eu observei de longe, tocada pela bondade de Aurora. Ela tinha um dom especial de entender quando alguém precisava de companhia e sabia como trazer alegria onde havia tristeza.

Lara, aos poucos, começou a se animar com a ideia da brincadeira, e o som das risadas das crianças começou a preencher o ar novamente. Aurora estava cumprindo seu papel, trazendo um pouco de leveza ao coração de Lara, mesmo que por um instante.

Eu olhei para as outras mulheres da família, e todos pareciam perceber o quanto aquele gesto simples de Aurora tinha sido importante. Às vezes, a cura vem das coisas mais simples, e nossa pequena, com sua pureza e generosidade, era a prova disso.

HELEN

A noite já havia caído, e a casa estava mais tranquila, mas o calor humano ainda preenchia o ambiente. As crianças estavam todas dormindo, aconchegadas nas barracas que haviam montado de manhã — um verdadeiro castelo de almofadas e cobertores. Aurora estava no meio delas, abraçada a Lara e com Lumy, Maitê, Maya e Seojun ao seu redor. A visão delas, todas juntas, aconchegadas e tranquilas, era de um carinho puro e cheio de afeto. Aurora, mesmo sendo a mais nova, parecia ter uma capacidade única de cuidar dos outros.

Lara, a menina tímida e distante, agora parecia mais tranquila, repousando no abraço reconfortante da pequena Aurora. Seojun estava no meio das meninas, sendo abraçado por todas com um sorriso leve, enquanto eles todos dormiam em uma pequena bolha de paz e conforto.

Eu fiquei ali, observando a cena da janela, tocada pelo quanto a amizade entre as crianças florescia, independentemente das dificuldades que cada uma tinha enfrentado. O vínculo delas, de uma forma tão simples e genuína, era um reflexo do que significava ter uma verdadeira família, onde o amor ia além dos laços sanguíneos.

Enquanto isso, do outro lado da casa, os adultos e os três adolescentes — Hayato, Emanuel e eu — ainda estavam conversando, rindo e trocando histórias. A energia estava leve, as risadas ecoavam pela casa e a conversa fluía de maneira descontraída.

Jungkook, S/N, Jimin, Taehyung, Verônica, Namjoon, e todos os outros estavam juntos, compartilhando momentos de diversão e boas lembranças. Cada um com sua história, suas experiências, mas todos com algo em comum: a necessidade de estar perto, de fortalecer os laços que nos uniam, de rir junto e, acima de tudo, de celebrar o que tínhamos.

Emanuel, que se juntava à conversa, parecia crescer a cada dia em sabedoria, sempre ouvindo mais do que falava, enquanto Hayato e eu tentávamos, de maneira discreta, desviar o assunto de certos tópicos delicados. A noite estava fria, mas as conversas e risadas aqueciam o coração de todos.

Eu respirei fundo, sentindo a sensação boa de pertencimento. Não importava o que o futuro nos reservasse. Agora, naquele momento, estávamos todos juntos, criando mais uma memória para carregar. Uma memória de união, de famílias que se formaram de diferentes maneiras, mas que estavam ali para apoiar uns aos outros, especialmente nas noites como essa.
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Helen na família!!
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