Dedico essa história para os amantes de um bom romance, para aqueles que sonham em viver um romance impossível com criaturas fictícias ou digno de uma paixão aventureira.
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Capítulo: Confissões na Cozinha
A madrugada era tranquila na casa de Bobby Singer. Os sons da floresta ao redor da propriedade se misturavam ao ranger sutil da madeira velha sob os pés de Hazel enquanto ela descia as escadas.
O silêncio da casa parecia mais pesado do que o normal, mas Hazel não ligou. Depois de horas jogando e se divertindo com o grupo, precisava de um momento de paz. Seu objetivo era simples: pegar um copo de água e voltar para a cama.
Quando entrou na cozinha, os olhos já acostumados à penumbra, ela parou de repente.
— Hazel.
A voz rouca e familiar de Dean ecoou pelo ambiente, pegando-a desprevenida. Hazel deu um leve salto e virou-se rapidamente. Dean estava encostado no balcão, segurando uma garrafa de cerveja meio vazia, os olhos verdes iluminados pela luz fraca que vinha de fora. Ele usava apenas uma calça de moletom, os pés descalços no chão de madeira, e um sorriso provocador curvava seus lábios.
— O que diabos você está fazendo aqui, Dean? — Hazel perguntou, cruzando os braços, ainda tentando recuperar o fôlego.
— Isso é o que eu deveria perguntar. — Ele tomou mais um gole da cerveja. — Achei que fosse a única alma acordada.
— Só vim pegar um copo de água — disse ela, caminhando até a pia, ignorando o olhar atento de Dean sobre ela.
Dean ficou em silêncio enquanto ela enchia o copo. Hazel podia sentir sua presença, a energia dele preenchendo a sala pequena. Era sufocante, mas de um jeito que fazia sua pele formigar.
Quando ela se virou, Dean ainda a encarava, aquele olhar intenso que sempre a deixava desconcertada.
— Vai continuar fingindo que não sente nada por mim, Hazel? — perguntou ele, direto.
O copo tremeu levemente na mão dela. Hazel estreitou os olhos, tentando manter a compostura.
— Do que você está falando?
Dean deu um passo à frente, deixando a garrafa no balcão. Ele agora estava próximo o suficiente para que Hazel sentisse o calor de seu corpo.
— Você sabe exatamente do que eu tô falando. — Sua voz era baixa, quase um sussurro. — Toda vez que eu chego perto, você foge. Toda vez que eu digo algo, você se fecha.
— Porque você não sabe nada sobre mim, Dean — respondeu ela, a voz firme, mas cheia de algo que ela não conseguia esconder.
— Então me conta. — Ele inclinou a cabeça, a expressão séria agora. — O que você está tentando esconder?
Hazel desviou o olhar, mas Dean não recuou. Em vez disso, ele deu mais um passo, encurralando-a contra o balcão.
— Você não entende — disse ela, a voz finalmente fraquejando.
