Dedico essa história para os amantes de um bom romance, para aqueles que sonham em viver um romance impossível com criaturas fictícias ou digno de uma paixão aventureira.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Capítulo: Entre o Passado e o Desejo
Hazel correu pelo corredor do hotel, o coração disparado, como se cada batida fosse um grito preso dentro dela. As palavras de Christopher ainda ecoavam em sua mente, a lembrança tardia do toque dele ainda queimava em sua pele. Ela não sabia para onde estava indo, mas sabia que precisava de um refúgio, um ponto fixo em meio à tempestade que rugia dentro dela.
Quando finalmente abriu a porta do quarto, ela congelou. Dean estava sentado na beira da cama, a expressão tensa e os olhos sombrios fixos nela. Ele não precisava dizer nada; seu rosto já mostrava que ele sabia. Hazel fechou a porta atrás de si com um clique suave, o silêncio no quarto ficando insuportavelmente pesado.
— Dean... — A voz dela saiu hesitante, mas ele levantou uma mão, interrompendo-a.
— Eu vi vocês. — Sua voz era grave, mas controlada, o tom tão calmo que parecia prestes a explodir. Ele respirou fundo, levantando-se lentamente. — Hazel, o que você vai fazer agora?
Ela olhou para ele, os olhos marejados. Não havia raiva em sua expressão, mas sim algo mais profundo, mais doloroso: decepção, medo e... vulnerabilidade. Hazel sentiu o peso dessas emoções a atingirem como uma onda.
— Eu... eu não sei, Dean. — Ela respondeu honestamente, a voz baixa, quase um sussurro.
Dean deu um passo à frente, aproximando-se dela. Sua altura parecia ainda maior naquele espaço pequeno, e Hazel sentiu o calor dele mesmo à distância.
— Não sabe? — Ele inclinou a cabeça, os olhos perfurando os dela. — Ele simplesmente aparece, depois de anos dado como morto, e depois de tudo que ele fez você passar, todo sofrimento e mesmo assim tem dúvidas... — Dean fica cabisbaixo com suas próprias palavras.
Hazel sentiu o coração apertar. As palavras dele eram cortantes, mas ela sabia que ele não estava errado. Ela respirou fundo, tentando organizar os pensamentos, mas Dean já estava perto o suficiente para que ela sentisse o cheiro familiar de sua pele, algo que sempre a confortava.
— Dean, eu estou confusa. Tudo isso é... é muito. — Hazel murmurou, as palavras saindo mais fracas do que ela pretendia.
Ele deu outro passo, e agora estava a poucos centímetros dela. A proximidade fez com que ela levantasse o olhar para encará-lo, sentindo o peito subir e descer rápido.
— Você acha que tem o luxo de ficar confusa, Hazel? — Dean perguntou, a voz rouca, carregada de algo que ela não conseguia decifrar completamente. Ele ergueu uma mão e tocou o rosto dela, seu polegar roçando de leve a linha do maxilar. — Porque eu não consigo mais. Eu não posso te ver se machucar por causa dele novamente.
Hazel fechou os olhos por um momento, o toque dele a queimando de uma maneira diferente da de Christopher. Era quente, protetor, mas também cheio de desejo reprimido. Ela tentou dar um passo para trás, mas as costas bateram contra a porta, impedindo-a de se afastar.
— Dean... — Ela começou, mas a voz falhou quando ele se inclinou, apoiando uma mão ao lado de sua cabeça, prendendo-a no lugar.
— Não diga meu nome desse jeito, Hazel. — Ele disse, a voz baixa e firme, tão próxima que os lábios dele quase roçaram os dela. — Não diga, a menos que você saiba o que quer de mim.
Ela prendeu a respiração, sentindo o calor dele envolver todo o seu corpo. Os olhos de Dean queimavam com uma intensidade que fazia o ar parecer pesado entre eles. Hazel sentiu a pulsação acelerar, o coração batendo tão forte que ela achou que ele poderia ouvir.
— Eu... eu não quero te machucar. — Hazel sussurrou, os olhos presos nos dele.
— E eu não quero te perder. — Dean respondeu imediatamente, sua mão livre subindo para segurar a cintura dela, firme, mas não agressiva.
O toque fez com que ela tremesse, e, instintivamente, Hazel colocou as mãos no peito dele, como se para afastá-lo. Mas ela não conseguiu empurrá-lo. Em vez disso, seus dedos se fecharam na camisa dele, segurando-o ali.
Dean inclinou a cabeça, o nariz roçando suavemente o dela, tão perto que os lábios deles quase se tocaram. A respiração dele era quente contra a sua pele, e Hazel sentiu o corpo inteiro estremecer.
— Hazel, me diz agora... — Ele murmurou, a voz quase implorando. — Você quer que eu pare?
Ela não respondeu. Não conseguia. Sua mente estava um caos, mas seu corpo parecia estar tomando decisões próprias. Hazel inclinou o rosto levemente, como se estivesse prestes a fechar a distância entre eles, mas hesitou no último segundo.
Dean notou a hesitação e, em vez de pressioná-la, ele recuou ligeiramente, embora o olhar dele ainda estivesse preso ao dela.
— Eu preciso de você, Hazel. — Ele disse, a voz rouca e carregada de emoção. — Mas só se você também me quiser.
As palavras dele quebraram algo dentro dela, e, antes que pudesse pensar, Hazel puxou Dean pela camisa, colando seus lábios nos dele. Foi um beijo intenso, desesperado, cheio de necessidade e sentimentos não ditos.
Dean respondeu imediatamente, as mãos segurando a cintura dela com mais força, puxando-a contra ele. O calor entre os dois era palpável, e Hazel sentiu as costas pressionarem contra a porta enquanto ele aprofundava o beijo.
As mãos dela subiram, agarrando os ombros dele, e ela sentiu o corpo inteiro se aquecer de uma maneira que quase a assustava. Dean desceu os lábios para o pescoço dela, deixando um rastro de beijos que fez com que Hazel soltasse um pequeno gemido, incapaz de se controlar.
Ele parou por um momento, o rosto enterrado no pescoço dela, respirando fundo como se estivesse tentando se controlar.
— Hazel... — Ele murmurou, a voz rouca e carregada de desejo.
Ela segurou o rosto dele, trazendo-o de volta para encará-la. Os olhos de Dean estavam escuros, cheios de emoção.
— Dean, eu... — Hazel começou, mas parou, incapaz de encontrar as palavras certas.
Ele balançou a cabeça levemente, afastando-se alguns centímetros.
— Não agora. — Ele disse, a voz firme, mas ainda suave. — Você precisa ter certeza, Hazel. Não quero ser sua fuga. Quero ser sua escolha.
As palavras dele a atingiram profundamente, e Hazel sentiu as lágrimas ameaçarem cair. Ela não sabia o que dizer, mas, naquele momento, soube que Dean estava certo.
Eles ficaram ali, respirando juntos, os corpos tão próximos que quase se tocavam. Hazel, porém, estava dividida entre o passado e o presente. Qual dos dois era o mais adequado?
A dúvida corroía sua mente. Ela sempre amou Christopher. Passou oito anos inteiros sem amar ou tocar alguém que não fosse ele. Esse tipo de devoção só podia ser chamado de amor verdadeiro, algo que transcende o tempo e a ausência. Mas, então, havia Dean.
Dean era tudo o que ela dizia odiar em um homem: a marra, o estilo de bad boy, possessivo e mulherengo. Ou, pelo menos, era o que ela acreditava sobre ele. Agora, no entanto, as barreiras que ela havia erguido contra ele pareciam estar desmoronando. Hazel se encontrava em um dilema sufocante.
Será que o que sentia por Dean era amor? Ou seria apenas um desejo carnal, uma chama que queimava forte, mas passageira?
Enquanto essas perguntas rodopiavam em sua mente, ela percebeu que o coração dela estava tão confuso quanto o momento. Amar Christopher parecia uma escolha segura, apegada a um passado que lhe trazia conforto. Mas Dean... Dean era o caos, a imprevisibilidade que a fazia sentir viva de uma forma que ela não experimentava havia anos.
E, assim, ela ficou ali, perdida entre dois mundos, tentando encontrar a resposta para o que nem o coração parecia saber.