Dedico essa história para os amantes de um bom romance, para aqueles que sonham em viver um romance impossível com criaturas fictícias ou digno de uma paixão aventureira.
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Capítulo: Jogos de Caça
Hazel acordou na manhã seguinte sentindo um misto de confusão e frustração. Dean estava sendo... Dean. Desde o quase beijo – e tudo mais – na noite anterior, ele mal olhara em sua direção. Na verdade, ela tinha certeza de que ele a estava evitando. Dean Winchester era mestre em disfarçar emoções, mas Hazel era uma feiticeira poderosa e sabia identificar um jogo quando via um.
Ela desceu para a cozinha da casa segura onde estavam hospedados e o encontrou preparando café. Ele nem sequer ergueu os olhos.
— Bom dia, Dean. — A voz dela era leve, quase provocativa.
— É mesmo? — respondeu ele, seco, sem olhar para ela.
Hazel arqueou uma sobrancelha. Ele queria ignorá-la? Bem, isso não ia funcionar.
— Dormiu bem? — Ela se encostou na bancada, cruzando os braços e lançando um olhar divertido.
— Perfeitamente. — Ele tomou um gole do café, ainda sem desviar os olhos da caneca.
— Hm... que bom. Eu fiquei pensando na nossa conversa de ontem. — Hazel colocou uma ênfase sutil na última palavra, vendo o maxilar dele se apertar.
— Não tem o que pensar, Hazel. — Ele finalmente a encarou. — Foi um erro.
— Um erro? — Ela fingiu surpresa, inclinando a cabeça. — Engraçado, porque parecia bem certo pra mim.
Dean bufou, balançando a cabeça e caminhando em direção à porta.
— Tenho coisas mais importantes pra fazer do que discutir isso.
Hazel não ia deixar por isso mesmo. Ela precisava de uma abordagem diferente. Logo Georgina descia as escadas ao encontro de Hazel. A mesma respirava fundo enquanto observava a mesa da cozinha. Georgina, sua melhor amiga e cúmplice em muitos sentidos, estava sentada, mastigando um pedaço de torrada e lançando olhares curiosos.
— Ok, coelhinha — Georgina arqueou as sobrancelhas loiras e deu um gole no café. — Desde ontem, você está... diferente. E considerando que Dean mal olhou pra você hoje, tô achando que rolou alguma coisa.
Hazel suspirou, mexendo no chá que nem queria beber.
— Não rolou nada. — Ela fez uma pausa dramática. — Quer dizer, quase rolou.
— Opa! — Georgina bateu a mão na mesa, quase derrubando o café. — Quase? De novo isso? Estamos falando de Dean Winchester aqui?
Hazel revirou os olhos.
— Sim, estamos falando dele. Só que agora ele tá me ignorando porque, segundo ele, "não soube escolher melhor depois de oito anos de abstinência".
Georgina piscou, incrédula.
— Ele realmente disse isso? Que babaca.
— Quase isso. — Hazel afundou no banco. — Ele basicamente insinuou que eu deveria esperar alguém menos... qualquer um.
