Dedico essa história para os amantes de um bom romance, para aqueles que sonham em viver um romance impossível com criaturas fictícias ou digno de uma paixão aventureira.
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Capítulo : A chegada
Georgina estava na cozinha, afiando uma faca de lâmina curva, o olhar fixo e concentrado. Ela não havia se envolvido nas conversas, mas estava ouvindo cada palavra. Sempre discreta, preferia agir a falar, mas a tensão no ambiente não passou despercebida por ela. Quando Hazel entrou para se juntar ao grupo, Georgina ergueu o olhar e estudou a amiga por um momento, reconhecendo o peso que ela carregava.
— Achei que ia precisar de mais tempo para... processar. — Georgina disse enquanto continuava a afiar a lâmina, a voz baixa, mas firme.
Hazel deu de ombros, pegando um dos frascos de água benta da mesa.
— Não tenho o luxo de esperar. Temos trabalho a fazer.
Georgina parou, segurando a faca com firmeza enquanto olhava diretamente para Hazel.
— Trabalhar é fácil. Fingir que está tudo bem enquanto isso te consome por dentro... é outra coisa.
A sala ficou em silêncio por um momento, as palavras de Georgina pairando no ar. Hazel parou de mexer nos equipamentos e olhou para ela, seus olhos se estreitando ligeiramente.
— Estou bem, Georgina. — Hazel disse, o tom de sua voz quase desafiador.
Georgina ergueu uma sobrancelha, um pequeno sorriso surgindo em seu rosto.
— Se você diz. Mas sabe que não precisa fingir comigo, certo?
Hazel suspirou, o peso das palavras de Georgina a atingindo mais do que ela gostaria de admitir. De todas as pessoas ali, Georgina sempre parecia enxergar além de suas barreiras, algo que era desconfortável, mas também reconfortante de certa forma.
— Não estou fingindo. — Hazel respondeu, um pouco mais suave desta vez. — Só estou tentando me focar.
Georgina assentiu, finalmente guardando a faca em seu coldre.
— Certo. Então vamos nos focar juntas. — Ela disse, pegando outra lâmina e jogando-a para Hazel, que a pegou no ar sem hesitar. — Mas se precisar desabafar, você sabe onde me encontrar.
Hazel deu um pequeno sorriso, apreciando o gesto mesmo que não o demonstrasse completamente.
— Obrigada.
Georgina apenas acenou, virando-se para Claire, que estava ajustando uma arma ao lado de Sam.
— Então, qual é o plano, chefia? — Georgina perguntou, cruzando os braços e lançando um olhar casual para Dean, que parecia adorá-la e se irritar com ela na mesma medida.
Dean sorriu de canto, pegando a deixa.
— O plano é simples: entramos, matamos tudo que se mexer e saímos antes que alguém precise de transfusões.
