Amanhã irei lançar o resto dos capítulos, faltam apenas noves capítulos para a história estar concluída.
- Eu não quero água, Reece. Eu quero que você me deixe em paz.-Eu não posso fazer isso.
Lucerys bufou e, deitada na cama, encolheu completamente o corpo e cobriu parte da cabeça com os lençóis e cobertores; Do lado de fora, Villin só conseguia ver um pequeno caroço sob toda aquela roupa de cama e, pela quinta ou sexta vez naquela tarde, deixou cair os braços ao lado do corpo, resignado, derrotado e frustrado.
Aquele dia amanheceu claro; As nuvens que pairavam sobre Jardim de Cima na noite anterior haviam se dissipado e o sol estava radiante e luminoso. Embora estivesse bastante frio, naquele mesmo dia não soprava uma única brisa entre as centenas de plantas que adornavam aquela fortaleza. O clima entre soldados, servos e habitantes era daquela tensão constante a que Villin se acostumara mas que a cada dia que passava aprendia a odiar um pouco mais, desamparado e ignorante do que realmente acontecia no norte da muralha humana. Até alguns dias atrás e apesar das atividades lá serem limitadas, Villin e os demais conseguiram não perder a cabeça e ao mesmo tempo manter Lucerys entretida; Villin não estava ligado a ninguém nem nunca esteve, mas sabia do assunto e não era preciso ter muita luz na cabeça para entender que a deterioração emocional pela qual o Ômega vinha passando se acentuava a cada dia devido ao confinamento e à falta de notícias mas sobretudo à ausência de Aemond.
Porém, tudo tinha um limite e Villin já previa isso há muito tempo.
-Você não pode ficar aqui o dia todo, filho. Não vai adiantar nada. "Também não é o bebê." Ele esperou por uma resposta, mas Lucerys simplesmente se encolheu um pouco mais sob os cobertores.
- Reece... por favor, me deixe em paz. Estou falando sério.
Sua voz saiu abafada e um pouco trêmula. Desconfortável, permaneceu em silêncio por alguns segundos, sentando-se na cadeira rústica de madeira que já estava acostumado a usar naquela sala. Se havia algo além dos desmaios e vômitos de Lucerys que Villin não sabia como lidar, eram as lágrimas dela.
O limite das forças do Ômega havia atingido no dia anterior, ou melhor, há duas noites. Villin se despediu dele com certa relutância pois viu a sombra de angústia manchando o rosto de Lucerys assim que entrou em seu quarto, mas decidiu deixá-lo sozinho com seus pensamentos pois o Ômega já estava farto de ter que aguentar. sua presença constante durante tanto tempo; Porém, na manhã seguinte ele descobriu que Lucerys não apareceu no café da manhã e ao investigar, encontrou Helaena no quarto do Ômega, praticamente na mesma posição que ele estava naquele momento.
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Tóxico
FantasyLucerys Velaryon esperava se encontrar em qualquer situação perigosa... mas não nesse tipo de problema, especialmente com seu tio Aemond. (Esta história não me pertence,ela é da escritora/o, just_Chiru no Ao3, os devidos créditos devem ser dados a e...