Ela chama atenção até bêbada

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Tenho de ficar só no apartamento. A Anne me fala isso no caminho. Quando chegamos ela sai correndo em direção do quarto, fico na sala vendo TV. Após um bom tempo sem saber o que ela está fazendo, ouço sua voz.

- Hey – me chama, olho para onde ouvi sua voz – Como estou?

Abro a boca para dizer algo mas nada sai.

- Ah, por favor, dá uma opinião.

- Tá ótima – é tudo que consigo dizer.

Vejo-a arquear a sobrancelha – Só o que você tem a dizer?

- Se você fosse de pijama, mesmo assim estaria ótima – ouço minha voz dizer.

- Uau – vejo o rosto dela corar, ela baixa a cabeça ajeitando o vestido – Nem meu namorado me fala isso.

"Ele é um idiota" penso. Mas será que falei alguma besteira? Ela vira as costas me deixando pensativa. Penso se falei alguma besteira, ela viras as costas me deixando pensativa. Já pronta, ela chega na sala falando, fico boquiaberta vendo como ela está.

- O que foi? – pergunta me pegando no flagra.

- Nada – sinto meu rosto esquentar.

Levanto para deixa-la na porta, sei que ela está nervosa, pois não para de falar.

- Boa sorte – ela me abraça apertado, me dá um beijo na bochecha, sei que ficou a marca de seu batom vermelho quando faz menção de limpar – Tudo bem, você vai se atrasar.

Fico olhando-a até sumir dentro do elevador, volto a deitar no sofá, sentindo o perfume hipnotizante dela em mim. Adormeço, não sei por quanto tempo, me sentia exausta, dormindo pouco por conta de pesadelos, mas já não acordo a Anne com gritos.

Acordo sem saber que hora é, levanto pensando se a Anne já chegou, quando ouço a campainha tocar, caminho até a porta e a abro. Me surpreendo com quem vejo a minha frente.

- Aqueles idiotas amam me embebedar – anda cambaleando, ao passar pela porta tropeça e cai em meus braços.

Recobrando o equilíbrio, ainda de salto, cambaleia até seu quarto, fecho a porta e saio correndo atrás dela. Ela ainda está incrível, apenas sua fala está arrastada e cambaleia de um lado para outro. Ela está tirando o salto quando entro no quarto.

Me aproximo para lhe ajudar, vou coloca-la debaixo da água fria, a levo até o banheiro, penso em enfia-la de roupa e tudo, bêbada do jeito que está, reclamaria apenas da água fria, mas se o vestido for caro? Viro-a de costas para mim e puxo o zíper do seu vestido, tento tira-lo gentilmente mas ela se mexe demais.

Já a tinha vistos assim antes, suas penas de fora, parte de sua blusa aberta, mas nunca seminua. Ela não fala coisa com coisa. Ligo o chuveiro e a empurro em baixo, ao sentir o contato da água gelada com sua pele quente, ela arregala os olhos e abre a boca puxando ar. A seguro pelos ombros e ela segura meu braços.

- Okay, okay, chega – mas a seguro um pouco mais – Tá muito fria. Solta. - Solto-a e pego uma toalha – Você é ruim – reclama com a respiração ofegante, enxugando o cabelo, vai ao quarto pega uma roupa e volta ao banheiro.

Para meu alivio, volta vestida, não me sinto confortável lhe vendo com tão pouca roupa. Pela cara dela, está caindo de sono, deita na ponta da cama e não se mexe mais. Outra vez subo em sua cama e a arrasto para o meio, deito ao seu lado e adormeço sentindo-a se aconchegar a mim, falando algo que não entendo.

Telhado de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora