Sem memória

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Assustada, só sabe que tem que fugir. A cabeça lateja de dor, mas não pode parar, passando em meio a muito mato, sem saber onde está indo, do que encontrar pela frente, mas é melhor do que ficar.

Mas do que exatamente esta fugindo? De quem? Porque tanto medo?

Passando sede e fome, frio e calor. Enfrentando o desconhecido, em busca de segurança, de liberdade. Porém, como saber em quem confiar? Onde realmente pode estar segura?

Após muito correr e andar, a noite já caiu com seu manto negro, tendo de parar para descansar, e continuar no dia seguinte, ela avista um lugar que recorda ser um cemitério.

Tentando não ser vista pelos guardas, ela entra em busca de uma noite segura. Seu corpo todo protesta com dor, esta com vários hematomas espalhados por todo o corpo.

Ela deita em cima de um túmulo, um distante, onde parece ser um pouco escondido, onde acredita que não será incomodada.

Sentindo o estomago reclamar, tenta dormir o mais depressa possível, e olhando para o céu, vendo as estrelas reluzirem, e saber que toda noite estão lá, que nada as impede de dar seu brilho, que nem mesmo as nuvens que as esconde pode fazê-las parar. Ela tem esperança na vida, e que algo bom pode acontecer, pelo menos mais uma vez, e logo adormece. Se livrando das dores, do medo, do horror e das inúmeras dúvidas, por ao menos um tempo.

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