Capítulo 17

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𝙱𝚘𝚊 𝙻𝚎𝚒𝚝𝚞𝚛𝚊 📚


Vinte e nove de Outubro de dois mil e vinte e dois.

Depois desse dia onde conheci o tal de Jean, de vez em quando recebíamos visitas daqueles meninos. As vezes vinham dois deles ou apenas um, por insistência de dona Sofie, claro. A senhora tinha dado um puxão de orelha nos meninos pois os mesmos estavam ocupados demais com o trabalho e pararam de visitá-la novamente. O único que não voltou aqui foi Jean, as vezes ele aparecia mas nunca entrava em casa.

Eu nunca saio do quarto, mesmo depois de já os terem visto. Mesmo tendo todos esses problemas em relação a estar perto de homens, me sentir desconfortável e surtar, jamais iria olhar para Dona Sofie e dizer " Não quero a presença deles aqui". Além de ser a sua casa, esses garotos fizeram parte de sua vida. Ela não tem nada haver com o que aconteceu comigo e não tem nenhuma obrigação de evitar visitas por minha causa, mesmo que Dona Sofie já tenha me dito " Criança, tem certeza que posso receber visitas? Sabe que se por acaso você se sentir desconfortável eu os recebo em outro local" eu disse a mesma que estava tudo bem, que se ela quisesse fazer uma festa ela faria. A única coisa que eu exigiria era para que não me obrigasse a sair do quarto, isso é difícil.

Aqui nesse cômodo é o meu ponto seguro.

Recentemente fui presenteada com um celular e fiquei extremamente feliz! No começo foi um tantinho complicado porque tive que aprender a mexer, mas confesso que agora estou fera no assunto.
Não possuo redes sociais, quer dizer... apenas um aplicativo de leitura e outro para ouvir música, que com certeza é o que eu mais gosto de fazer.

As vezes sou pega no quarto desenhando o que vem em minha mente, imaginando lugares, vestes, animais... uma imaginação fértil.

Outras vezes penso em coisas ruins onde minha mente fica turbulenta. Com a ajuda do lápis e sulfite consigo compartilhá-las no papel, desenvolvendo e criando figuras perturbadoras.

Sabe, esse virou meu meio de expressão. É como se fosse o meu diário pessoal que só possui figuras e necessita de muita interpretação.

Me encontro muito na arte, ela me liberta.

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Onze de novembro de dois mil e vinte e dois.

Jean pov ~

- Mossu, Haru ainda não chegou? - digo preocupado.

- Relaxa, meu irmão as vezes se atrasa mesmo. Com o tempo você se acostuma.

- Pode ser, é que dessa vez ele está demorando um pouco mais do que antes.

- Falando de mim? - Haru entra dentro de casa no mesmo instante.

- Vai a merda, que susto! - Mossu o encara, acabo rindo em resposta.

- Ok, foi mal demorar tanto. Eu estava saindo do serviço quando a Mei deu um convite a nós.

- Mei? - Diz Jean.

- Uma colega de quando estudávamos. Se eu não me engano hoje é o aniversário dela. - Mossu responde.

- Ah sim. E vocês irão?

- A gente? Você quis dizer "Nós"!

- Eu? Ah não galera, sabem o quão odeio festas, principalmente de pessoas que não conheço.

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⏰ Última atualização: Jan 12 ⏰

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