Doces Óculos; jjk+pjm.

14.

Chegamos em 60k, bolinhos! Obrigada por isso, e também por me ajudarem na correção de alguns erros até aqui. Vocês são demais! :)

Obs 1.: O cover de Vienna no piano está na mídia, caso vocês queiram escutar o que o Jungkook tocou para o Jimin.

Obs 2.: Minhas aulas voltaram, então não sei se esse capítulo está como deveria, mas tentei o meu melhor para entregar com qualidade.

Obs 3.: o wattpad está deletando alguns comentários de vocês, e isso me deixa genuinamente chateada 😖.

JK.

Frio. Frio para um senhor caralho, e eu adoro isso.

Há algo estranho em minhas entranhas sempre que eu olho para o rostinho lindo do meu menino. Jimin tem algo sobre ele, um brilho mágico e inexplicável que faz ter vida dentro de mim. É como a criação do mundo, meu bigbang particular.

De todos os meus relacionamentos, dos mais rasos aos mais profundos, devo confessar que estou fazendo por Jimin aquilo que nunca cogitei fazer por outras pessoas. Veja, eu jamais me daria o trabalho de recolher um cérebro pessoalmente por qualquer um. O trabalho é barulhento, e o crânio precisa ser aberto com cuidado, no entanto, quando apreciei os ligamentos bem feitos do órgão em minhas mãos, soube que estava fazendo esforço pela pessoa certa.

Meu Jimin merece todas as minhas facetas, e junto delas todos os meus dotes, principalmente os culinários. Misturar o sangue para o sanguinaccio foi ainda mais difícil que picar propriamente o cérebro. O líquido denso precisa ser mexido com muita precisão ao creme de chocolate, como uma pintura. Usei o meu tipo preferido para tal, o de tipagem o-negativo.

Mesmo sem saber ainda que Jimin estava com saudades minhas, fiz questão de preparar o nosso passeio com certa antecedência, das compras ao momento de preparo. Eu e meu pai temos uma boa criação de carneiros em nossa ilha particular, e suas crias, cordeirinhos adoráveis, possuem cérebros deliciosos, assim como todo o seu corpo. Não gosto de colher um fruto imaturo, mas o meu Jimin vale o sacrifício.

A melhor parte de tudo isso é que ele gostou. Mesmo que relutante, a sua imagem degustando e aprovando o feito de meu esforço só comprova o quanto fomos feitos um para o outro. Meu carnívoro adorável.

Minha mãe gostou de saber que eu e Jimin estamos nos completando. Eu confesso ter pedido o livro de receitas dela emprestado para a ocasião, e por pouco ela não me obriga a aceitar sua ajuda. Ela está muito animada com a ideia de ter um genro, algo como ter mais um rapaz forte para alimentar e dar amor. Ela gosta disso, de ter algo a que amar.

Eu também quero ter algo a que amar, e ao que tudo indica, Jimin é a coisinha perfeita para tal.

Por isso mesmo é que eu faço questão de trazer o mais novo na porta de casa após nosso picnic, e é justamente por esse motivo que, apesar de ter o pau tão duro quanto pedra agora, eu tento me conter.

- Não me faça negar uma segunda vez, doçura. Há um limite até quando posso ser um bom moço, e eu estou no meu limite.

Não sou bondoso, isto é um fato, mas eu desejo me esforçar para ser. Não quero que Jimin seja apenas mais um dos vários corpos virgens dos quais eu desfrutei, ou bocas macias onde já me afundei. Eu quero amor com ele, puro e ácido, forte a ponto de arder nas veias. Ele não está contribuindo para o meu progresso, no entanto.

Ele está me provocando, e estou começando a entender o quanto ele é capaz de me manipular.

O loiro sabe do que é capaz, e se já não sabia, está começando a aprender, porque quando ele corre até mim e beija meu queixo, há alguns centímetros dos lábios, quase cedi à tentação de entrar em sua casa e devorá-lo como um bolo.