Olá! Estive complicada com outros projetos mas, bum! Voltei à esse bebê chamado "Doces óculos".
Eu comecei a escrever essa história aos 13 anos, e seria apenas um clichê na época, contudo, minha escrita mudou muito nos últimos tempos e, para reaproveitar a fic, estou tendo que reciclar/reescrever muita coisa, então peço paciência. Bem, me desejem sorte!
E lembrem-se: encontrou um erro? Pode notificar! Obrigada e boa leitura.
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JK.Meus planos são muito práticos para o dia de hoje. Acordar, ir ao hospital, abrir e fechar pessoas, pausar para o almoço, pular o dito almoço, atravessar o parque rumo à cafeteria Junnev e gastar uma hora inteira saciando minha nova obsessão.
Park Jimin, vinte e um anos, míope, fã de doces e veterano do curso de fotografia. É impressionante o quanto podemos aprender sobre a vida de alguém com um pouco de observação. Muita observação, no meu caso.
— Que dia feio. — murmurei sentindo a luz do sol aparecer pela fresta das cortinas. Detesto dias quentes e ensolarados.
A cama grande onde me encontro é o suficiente para meu tamanho avantajado. Uma peça centenária em minha linhagem, uma cama que atravessou gerações até chegar à mim, uma madeira resistente à danos e ao tempo.
Levantei sem vontade, minha única motivação sendo o belo espécime que irei admirar durante a tarde. Jimin. Ele é como um frescor para a minha mente, calor para o meu sangue; vale totalmente a existência de minhas retinas.
De repente, como mágica, o dia não está mais tão ruim assim.
Ao levantar, o chão gelado arrepiou minha derme sensível, mas de certa forma acalentou a minha alma. A queda de temperatura por muitas vezes tende a deixar os humanos acanhados, mas comigo não. Surge uma carga elétrica em mim sempre que sinto o frio. Me lembra a morte, como se estivesse ali, à espreita.
Não é mesmo uma sensação deliciosa?
Demorei ao todo meia hora para me arrumar, e não satisfeito em estar apenas apresentável, perfumei-me com o melhor dos aromas que tinha guardado. Ser atraente e bem vestido é necessário em meu meio. Em qualquer um, na verdade. Tudo se resume em aparências hoje em dia.
Após espalhar perfume o suficiente para tornar o ar do quarto insalubre, abri a porta e parti em meio o corredor extenso. As paredes da casa são de um verde escuro, um conjunto com a madeira densa das portas e maçanetas. São três andares repletos de salas e mais salas, algumas até mesmo desocupadas. Contudo, não há problema, afinal, todas desempenham sua função. Todas mesmo.
Desci as escadas em completo silêncio, um abismo dividindo a agitação de minha mente com a quietude de meus atos. Os degraus se findaram e, quase como um modus operandi, segui o caminho da vinha tortuosa em vez de sair para o carro. Como uma maldição, meus pés guiaram-me pelo corredor escuro até chegar em uma portinha, a passagem tão diminuta que chega no meio de meu quadril.
Encarei a porta por cinco minutos, esquecendo até mesmo que tenho um emprego para frequentar. Sem resistir à tentação, apanhei a chave que carrego no pescoço e encaixei na fechadura. Uma tranca e um cadeado depois, e o cheiro de morte me atingiu em cheio.
A porta é grossa, assim como as paredes, uma particularidade única em relação às outras salas. Duas palmas de grossura dividem o cômodo do meio externo. Eu olhei para o abismo e ele olhou de volta para mim. Eu senti o gelo em minhas entranhas e amei isso.
Tive de me abaixar para atravessar a passagem, tive o cuidado de deixar o jaleco sobre a maleta, ambas descansando no chão. Passei primeiro minhas pernas e, sentado, empurrei-me para dentro, sentindo a queda de um metro dá-me um ligeiro frio na barriga.
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Doces Óculos; jjk+pjm.
FanfictionJungkook vivia em um mundo de facilidades. Cresceu em uma boa família, sempre teve amor vindo de seus pais e, como todo jovem rico que se preze, cursou uma boa faculdade, tornando-se assim cirurgião geral. Ele nunca teve um motivo real para se ver r...