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Olá, bolinhos! Eu estava focando mais em uma história em especifico (Oceanos), mas já que a Lily pediu para que eu atualizasse DOCS, cá estou eu (inclusive, eu detesto esse nome, mas realmente não achei um melhor).

Peço perdão àqueles que esperaram a atualização também. A temporada de provas está alucinante, e depois da porrada que levei de hidrostática hoje, nossa, eu preciso mesmo relaxar. Bem, de qualquer forma, bom capítulo para vocês. Me avisem se encontrarem algum erro de digitação, aliás.

Beijos da Lazú ^^.

JM.

Eu estou nervoso. Mais do que o normal, na verdade. Há uma sombra em minha vida que não abandona o meu espírito, não importa o quanto eu tente correr para a luz.

Na antiga casa de meus pais, em minha atual residência, na universidade, na cafeteria; há um monstro em cada um desses lugares, e eu sei o quanto ele, por alguma razão, me deseja.

É como um arrepio cruel que sobe em minha espinha, um sexto sentido que avisa quando algum monstro está perto de me devorar. Estou sentindo muitos arrepios ultimamente.

Eu não sei o porquê, mas a sensação de ser observado pelos cantos nunca me abandona. É como uma peste perniciosa que resiste apesar do tratamento.

Respiro uma, duas e até três vezes antes de pegar o cardápio da cafeteria e observá-lo mais de perto. É uma besteira, afinal. Eu sei tudo o que há na Junnev, e justamente por isso eu apenas pego o livreto meigo e analiso o couro, sequer o abrindo.

Minha mente está divagando entre possíveis conclusões, sem ao certo descobrir qual delas está correta. Acabei pousando os olhos em meu joelho abaixo da mesa. A sombra, ou melhor, o homem fantasma, apareceu novamente com seus mimos.

Ele deixou curativos dessa vez. Como sabia que eu estava ferido? Sempre me pego pensando se é alguém da faculdade me bisbilhotando, mas rapidamente descarto essa possibilidade. Não tenho colegas na universidade, sequer faço questão. Ser invisível é quase uma necessidade pessoal.

Quem é você? Não pode ser ele, certo? Esse maldito não teria tamanha sensibilidade.

No início, os presentes e bilhetes criaram uma confusão que não soube como resolver, afinal, só poderia ser um engano de algum outro homem apaixonado. Perguntei aos vizinhos, revirei as caixas e bilhetes escritos à mão minuciosamente e, como conclusão, pude notar que não era um engano. Nos primeiros envios, confesso ter jogado os doces fora e até ter destrinchado alguns bolinhos e pelúcias, contudo, nada achei. Drogas, câmeras, nada.

Na primeira semana eu me assustei e ignorei os presentes. Na semana seguinte, achei estranho ter recebido um casaco escuro de crochê, exatamente o que eu queria. Apesar de ser estranho, fiquei com ele e o usei no mesmo dia. Recebi uma carta dele dizendo que eu fiquei lindo usando.

Acho que nunca disseram tantos elogios para mim. Por meses, durante todo o inverno, pela primeira vez alguém cuidou efetivamente de mim.

Eventualmente, talvez por curiosidade ou querência, eu cedi. Há meses esse homem de silhueta suspeita vem rondando a minha casa e minha vida, criando em meu âmago uma sensação de ansiedade contínua e expressa. Ele já entrou em minha casa, ou só ronda o lado de fora? Ele vai aparecer hoje? Quem ele é? O que ele é?

Eu poderia tê-lo perseguido ontem a noite. Eu sabia que ele estava ali, à espreita como sempre faz, notando minhas reações e a curva de meu passo. Acho que parte de mim não quer que acabe, a outra parte, no entanto, se pergunta porque já não fui à polícia e coloquei câmeras em minha residência como forma de pegar o stalker.

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⏰ Última atualização: Oct 18 ⏰

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