𝐄𝐮 𝐓𝐞 𝐀𝐦𝐨 𝐌𝐞𝐮 𝐀𝐦𝐨𝐫.

22 1 0
                                    

Sinto suas mãos em volta de mim, tocando cada parte da minha pele. Me sentindo hipnotizada pelo seu toque.

- O seu perfume é viciante, a sua pele é tão macia...você não sabe o quanto eu desejei te tocar. Sinto sua respiração rouca e ofegante, seu rosto começa a se aproxima do meu e começo a sentir um frenesi em meu corpo. - em poder te acariciar, me deixa fazer todas essas coisas com você, me deixa te mostrar toda a minha devoção que tenho por você.

Ainda sob a cama, sentada e estando em aflição por não saber o que aquele homem queria de mim, o porquê do mesmo estar fazendo isso comigo. Mas, no fundo sabia o motivo disso tudo, como Marcos havia falado antes "𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮 𝐥𝐨𝐮𝐜𝐨...𝐞𝐮 𝐧𝐮𝐧𝐜𝐚 𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐢 𝐨𝐛𝐬𝐞𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐞́𝐦 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐟𝐢𝐪𝐮𝐞𝐢 𝐜𝐨𝐦 𝐯𝐨𝐜𝐞̂". Apesar de tudo, eu ainda o amava e o desejava estar perto dele. Por mais que aquilo fosse errado eu o queria.

E lá estava eu, sem saber exatamente o que me esperava daquele momento com Marcos estando em meu quarto. Não demorou muito para que aquele homem me tocasse de novo. Não um toque simples no braço, ou algo em meu rosto ou meus cabelos. Ele me tocou como não havia me tocado antes, nem na noite em que fizemos sexo o toque foi daquele jeito. E tudo que estava preso dentro de mim, todos os conflitos, as dúvidas, o receio e o medo, parecia explodir de uma só vez. O impacto do corpo dele contra o meu foi como um golpe, mas, ao invés de me afastar, eu congelei. Meu coração disparou, martelando em meus ouvidos, e por um segundo, parecia que todo o ar tinha sido arrancado dos meus pulmões. Puxando minha garganta, saindo por minha boca e derramando na boca de Marcos, em sua língua.

As mãos dele se encontraram em meu corpo com uma força que eu não esperava. Firmes, possessivas, como se ele quisesse me fazer sentir cada centímetro daquele toque, como se não houvesse espaço para resistência ou fuga. Marcos havia me puxado para o chão ficando em cima de mim, pressionando meus braços para que eu não fugisse. A forma como ele me segurava era quase desesperada, mas carregada de uma urgência que me deixou em pânico. Meus músculos endureceram, um alerta que dizia para correr, para me afastar, mas minhas pernas pareciam traidoras, imóveis e incapazes de me salvar. As mãos dele não tinha timidez, pareciam conhecer meu corpo sem mesmo me tocar, subindo por minhas coxas, quadril. Sinto o tecido molhado do meu pijama grudado na parte alta da minha cintura. A cima da linha da calcinha.

Quando os lábios dele se movimentaram contra os meus, foi como reviver o nosso primeiro beijo, só que desta vez, era mais voraz, mais selvagem. Não havia hesitação, não havia sequer um momento de pausa para questionar. Ele me beijava com fome, uma fome que me engolia, me sufocava. Eu queria empurrá-lo, gritar, mas o grito ficou preso em minha garganta e tampado por sua boca, substituido por um choque de sensações que me deixava tonta. O gosto amargo da mordida em que ele me deu em meu lábio inferior me trouxe á realidade, mas, de alguma forma, parecia tarde demais. Queria mais daquele gosto, daqueles dentes mordendo, devorando cada parte dos meus lábios, me puxando pra ele. Querendo me fazer de alimento. Deixo que o mesmo se alimente de mim.

Cada parte do meu corpo reagia, a ele de uma maneira - antes enjoada - agora consesual e relaxada. Minhas mãos estavam presas contra seu peito, incapazes de puxá-lo com força suficiente. Quando as mãos dele deslizaram para debaixo do pijama, encontrei minha respiração falhando. Ele agarrou a minha bunda com uma força que me fez tremer, o calor das suas mãos invade a minha pele como fogo. Senti meu estômago revirar, uma mistura de ânsia e algo que não queria reconhecer - algo que me fazia se sentir exposta, vulnerável, mas também presa àquele momento de maneira estranha -. Não um estranho enojado, arrependido. Um estranho que me fazia querer saber até onde sua mão iria.

Quando ele deslizou os dedos até o short, o tirando rapidamente e indo em direção até a alça da minha calcinha, foi como se uma linha tivesse sido cruzada. O alarme que tocava na minha mente se tornava impossível de ignorar. Dei um passo para trás, o suficiente para tentar me recompor, para superar o mínimo de controle sobre meu corpo, minha sanidade. Mas ele não me deu essa chance. Não iria fugir e nem queria.

𝐔𝐦𝐚 𝐀𝐥𝐮𝐧𝐚 𝐐𝐮𝐚𝐬𝐞 𝐄𝐱𝐞𝐦𝐩𝐥𝐚𝐫. +18Onde histórias criam vida. Descubra agora