POV Jace
Sebastian Verlac foi meu melhor amigo desde que eu me conheço por gente. Nós disputávamos por tudo, pra ver quem era o melhor no futebol, o melhor filho, o melhor aluno e até mesmo para ver quem saía com mais garotas ou quem ia perder a virgindade primeiro. Nós sempre empatávamos, até porque perdemos a virgindade com a mesma garota, uma depravada da época do colégio, dormiu com nós dois ao mesmo tempo.
Mas nossas disputas nunca chegaram realmente a nos prejudicar, nossos pais diziam que era uma competitividade saudável até conhecermos ela: Kaelie Seelie.
Linda, alta, morena, simpática... Tudo o que um homem procura em uma mulher, e ainda por cima era uma puta de uma gostosa! Foi amor à primeira vista... Para ambos.
Desde o inicio ficou claro por quem ela se interessava mais, e Sebastian não aceitou isso. Quase vinte anos de amizade foram para o ralo por causa de uma mulher.
Namorei Kaelie na época da faculdade e Sebastian sempre tentava de tudo para nos separar. Arrumava intrigas, armava as suas... Até mesmo armou para que eu ficasse chapado e tirou fotos minhas com outra garota, ele achou que isso não passaria despercebido por Kaelie, ela era uma mulher muito inteligente acima de tudo. Quando ela viu que era tudo armação dele, o xingou de coisas que até o diabo duvidava! A partir daquele dia nunca mais tivemos noticias de Sebastian Verlac, a única coisa que eu sabia era por intermédio de meus pais que ainda tinham contado com o pai dele, Sebastian estava criando confusão e se metendo com coisas que não poderia arcar depois.
Casei-me com Kaelie pouco depois de sair da faculdade. Eu trabalhava na empresa de meu pai como um advogado associado, eu poderia dar uma vida muito boa para nós dois. Foram dois ótimos anos, até que nós descobrimos a sua gravidez e sete meses depois eu era um homem realizado, pai de duas lindas filhas: Jessamine e Tessa, dois anjinhos de olhos castanhos. Foram os melhores anos da minha vida.
Até que em um acidente perdi absolutamente tudo. Eu era um homem sem chão, sem teto... Pois toda a minha estrutura havia morrido com as três pessoas mais importantes do meu mundo. Eu nem pude ir ao enterro delas, porque eu estava em coma no hospital... O acidente foi grave, mas não o suficiente para ME matar, somente a elas... Eu daria minha vida em uma bandeja para tê-las de volta!
Fechei-me em um lugar só meu. Afastei-me de meus pais e irmãos, pois não suportaria ver a pena e a dor em seus olhos todas as vezes que eu os olhava.
E agora Sebastian Verlac levava a única coisa que me importava no mundo. Clarissa, a minha Clary... Eu sabia que toda essa felicidade que eu estava sentindo não duraria, eu não merecia ser feliz.
Era só o que eu podia pensar nesses últimos três dias, eu não era merecedor da felicidade. Desde que ela se fora, não ousei me levantar, não comia, não dormia... Eu vivia como um robô, a qualquer barulhinho do vento eu imaginava que eram seus passos na neve voltando para mim, eu esperava, esperava e esperava... Mas ela nunca veio realmente.
No terceiro dia algo aconteceu. Ouvi o som de rodas de carro na neve, eu imaginei que era a minha Clary vindo para mim, mas devia ser só a minha imaginação louca me pregando mais peças.– Jace! – ouvi duas vozes diferentes me chamarem. Eu as reconheci claro, mas ignorei.
– Sabemos que esta aí, pare de fugir! – ouvi a voz de Alexander, meu irmão. Ignorei mais uma vez, só havia uma pessoa que eu queria ouvir e ela não estava aqui.
– Jhonatan pare de frescura, Clary está sofrendo! – disse a voz de Izzy e ao ouvir seu nome eu me sentei. – Ela sente a sua falta. – disse ela.
- É cara... Os pais dela estão obrigando ela a se casar! - disse Alec de novo.
– Jace! – ouvi mais batidas na porta.
Continuei ignorando. Como da última vez que eles fizeram isso, uma hora eles cansariam e iriam embora.– Eu não vou desistir! – ouvi Izzy gritar como se tivesse ouvido meus pensamentos. –Não dessa vez! – disse ela.
– É mano! – ouvi Alec concordando e então eles começaram a cantar um música totalmente absurda.
– O que eu preciso saber? – perguntei depois de abraçá-los pelo maior tempo que a curiosidade me permitiu.
– Aqui. – Izzy me entregou um envelope pardo.
Sentei-me em minha cama, os lençóis ainda tinham o cheiro de minha Clary, e retirei alguns papéis de lá. Conforme eu lia aqueles papéis mais confuso e furioso eu ficava, quando terminei de ler tudo pela segunda vez, perguntei:– Quem? – eles se entreolharam.
POV Jace
Eu estacionava o Volvo em frente a uma casinha de madeira, com a pintura amarela desbotada pelo tempo, na reserva Quilleute. Há apenas um dia atrás eu sabia o que deveria ser feito assim que meus irmãos pronunciaram as palavras que me tiraram de meu transe. Peguei minhas coisas e segui o carro de meu irmão até a minha antiga casa, Izzy estava do meu lado, no passageiro falando pelos cotovelos, provavelmente recuperando o tempo perdido e eu praticamente ouvi tudo o que ela falava.
Eles entram na frente para "preparar o terreno", como Izzy havia dito. Ela havia me dito que quando parti, que mamãe havia entrado em depressão, e que o meu pai havia retirado todas as lembranças minhas de casa até o dia que eu voltasse... Então eles deveriam começar a colocar as fotos de volta em seus devidos lugares, pois eu voltei para ficar, mas ainda tinha assuntos pendentes, e não sossegaria enquanto não os resolvessem, todos eles.
Assim que a minha querida e amada mãe Celine colocou seus olhos em mim ela começou a gargalhar.– Izzy, aonde vocês encontraram esse ator? – ela disse ainda se recuperando do acesso de risos.
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A cabana - Clace
RomanceClarissa acaba de descobrir que está prestes a se casar, tendo apenas 18 anos, e com um homem que não ama. Então em uma atitude impensada resolve fugir de casa, e acaba se infiltrando na floresta em pleno inverno. Os moradores da região ouviam boato...