A cabana - Clace

Tudo ficou bem (penúltimo)

Estávamos ofegantes e Jace continuava em cima e dentro de mim, comigo abraçando-o com pernas e braços. Se eu pudesse ficaria assim com ele, pra sempre.

– Amo você. – eu disse acariciando seu cabelo.

– Também te amo. – ele levantou sua cabeça do vão do meu pescoço e me beijou cheio de carinho. – Casa comigo. – ele falou interrompendo o beijo do nada.

– Eu... – olhei confusa pra ele e então sorri largo ao ver seus olhos azuis e pidões. – Sim. – e então ele voltou a me beijar.
Eu só sei que Jace me amou de várias formas durante a noite e que o corpo quente embaixo do meu era o lugar onde eu queria estar pro resto dos meus dias. Eu seria a mulher dele e ele seria o meu homem, eu não poderia ser mais feliz. Nunca que eu poderia imaginar que um dia eu me apaixonaria tão intensamente assim, e que amaria com tanta loucura.
Ainda tínhamos algumas coisas para enfrentar e isso se confirmou assim que ouvi batidas na porta.

– Casal... – ouvi a voz de Izzy e então risadinhas ao fundo. – Er... Eu trouxe umas roupas pra Clary vestir... – outra risadinha. – Alec deixa de ser chato! – ela disse e então eu a ouvi rindo. – Então como eu ia falando, eu trouxe roupas para a Clary e depois desçam para tomar o café da manhã conosco assim que vocês estiverem... Er... Prontos. – mais risadinhas. – Como você não sabe o que eles estavam fazendo sua anta! – eu a ouvi brigar com alguém e segurei o riso. – O mesmo que você faz com Rebecah!

– Mas eu não faço nada com a Rebecah. – ouvi a voz de Alec agora.

– Como não? Vocês vivem se atracando como duas enguias em uma luta mortal. – ela disse.

– Mas não passa disso. – ele falou e pelo seu tom de voz ele estava com um tromba enorme na cara.

– Sério? Cara que chato! – Izzy disse com sua voz de constrangida.

– Ei! – ouvi Alec falar um pouco mais alto. – Você e o Simon...

– Alexander! – eu segurei o riso.

– Eu vou matar aquele fulaninho! – ouvi passos no corredor.

- Deixa de ser besta. – ela gritou. – Suas roupas estão aqui Sra. Herondale! – ela gritou e ouvi-a correr pela escada e então eu pude rir.

– Não gostei do que ouvi. – ouvi Jace resmungar embaixo de mim.

– O quê? – perguntei me apoiando em seu peito para poder ver seu rosto melhor.

– Minha irmãzinha... – ele disse com um bico enorme na cara, deu vontade de morder.

– Pensa pelo lado bom. – eu disse rindo. – O Alec continua com sua virtude intacta! – ele gargalhou e eu o acompanhei.

– Eles sempre brigam assim? – Jace apontou pra porta.

– Ná! – eu disse em um som de descaso. – Eles não estavam brigando agora. – eu falei e ele me olhou espantado. – Vai por mim, quando eles brigarem você vai saber. - eu disse rindo e ele passou os braços em minhas costas e nos virou na cama ficando por cima de mim.

– Então... Sra. Herondale. – ele disse e eu sorri largo. – Vamos descer e tomar café com a nossa família? – ele disse e eu sorri.

– Vamos... Pega as roupas que a Izzy trouxe pra mim? – eu pedi cheia de preguiça.

– Folgada. – ele resmungou se levantando da cama.

– Nada, eu fiquei acordada praticamente à noite inteira, e você ainda me chama de folgada? – ele se levantou ainda nu e deu um sorrisinho malicioso pra mim, e se dirigiu em direção à porta, abrindo-a e olhando para todos os lados do corredor e então se abaixando para pegar as roupas que Izzy havia me trazido.
Durante todo o percurso de ida eu fiquei olhando para aquela bundinha linda e durinha dele, que era um delicia de apertar. E durante o percurso de volta eu evitei olhar em certas partes... Eu ainda não era tão descarada assim... Mentira! Eu olhei mesmo e daí? O queridinho é meu mesmo, eu posso olhar ta!
Eu retirei os lençóis de cima de mim e me espreguicei.

– A visão do paraíso. – Jace disse olhando para mim parado ao lado da cama com as roupas na mão, peguei o lençol para me cobrir constrangida, mas ele o tirou de minhas mãos. – Se não se importa quero olhar mais um pouco. – ele falou se sentando ao meu lado.

– Só olhar? – eu disse levantando uma sobrancelha e engatinhando em sua direção, me sentando em seu colo, ele sorriu pra mim, mas não foi um sorriso qualquer, foi aquele sorriso!
Depois de um tempo descemos para tomar café e quando paramos na sala de jantar tomei um susto. Todos estavam lá. E quando digo todos são todos mesmo, incluindo meus pais. Simon e Rebecah também estavam lá, e eu vi Alec dividindo olhares furiosos para Simon e magoados para Rebecah, mas segurei o riso. Eu imaginava a conversa que eu teria com meus pais, mas eu só queria me preparar um pouco mais antes de fazê-lo.
Depois de algumas explicações da parte de meus pais sobre o casamento forçado, e sobre os arrependimentos deles, questionei como eles haviam descoberto que eu estava na cabana. Eles me disseram que todos os dias o chefe de policia de Forks ia até a nossa casa e lhes relatava sobre as buscas. E no dia que eu havia ido até Por Angeles com Jace, Sebastian estava em nossa casa quando o policial chegou contando sobre ter encontrado um morador no meio da floresta e ao descrever o morador Sebastian ficou furioso. Ele insistiu que fossem me buscar na hora, mas os policiais disseram que isso só seria possível no dia seguinte e então no dia seguinte lá estava Sebastian batendo na porta da cabana.
Jace contou aos meus pais suas intenções comigo e sobre o nosso relacionamento e minha mãe chorou emocionada ao descobrir que sua filhinha estava amando, e Celine chorou emocionada por seu filho estar amando novamente. Mães alguém as entende? Eu não.
Quem diria hein?
O cara que há apenas um mês atrás não acreditava que poderia ser feliz novamente, e que era conhecido como o maluco da floresta e a garota que fugiu de casa para se ver livre de um casamento forçado, juntos. Parece tudo coisa de novela mexicana eu sei, mas a questão é que como nas novelas mexicanas, o maluco da floresta e a garota fujona tiveram um final feliz digno de Hollywood. Porque novela mexicana é bem clichê para o que eu estou sentindo agora!
Você pode dizer que foram as circunstâncias ou o acaso que nos uniram, mas eu digo que foi o destino, pois em algum lugar deveria estar escrito que nascemos para ser um do outro. Tivemos que passar por situações dolorosas e sem sentido para em fim poder nos unir e cá estamos nós agora, juntos e felizes.
Jace e eu nos casaríamos, formaríamos nossa própria família e teríamos lindos filhos juntos. Claro, eu não esperava que tudo fosse um mar de rosas, mas eu daria o melhor de mim para que pudéssemos ser felizes. E quem sabe pudéssemos montar um álbum de fotos com nossos momentos felizes?