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PDV. CZAR
LR_Souza

Foram segundos até que Ingrid retribuir o beijo, nunca em toda a minha vida experimentei sensações tão maravilhosas como essa.

Ter o corpo dela encaixado perfeitamente contra o meu, sentir o gosto do chocolate que vinha da sua boca.

E quando ela gemeu durante o beijo foi como se o momento doce tivesse acabado e o fogo me consumisse.

Só conseguia pensar em ter as coxas grossas dela apertando minha cintura com força e ter o gosto da sua boceta em minha boca.

- Czar?- escuto ela me chamar baixinho. - Czar?- ela me chama dessa vez um pouco mais rápido.

Volto a realidade e afasto meu corpo do dela e começo a procurar por ferimentos e machucados.

- O que está fazendo?- ela pergunta quando começo a puxar sua blusa com força. - Czar? Pelo amor de Deus o que tá fazendo?- ela puxa a blusa das minhas mãos com força.

Pelo menos ela parecia usar toda a sua força pra fazer isso.

- Está machucada?- pergunto em russo por puro hábito e mesmo sabendo que poderia falar com ela em português não faria isso.

Pelo menos não agora.

- Eu não entendo o que você fala - ela parece frustrada.

A porta da frente é aberta chamando à atenção dela pra Yure que não parecia nem um pouco bem.

Pelo menos não tem buracos de bala ou sangue escorrendo pelo chão, pra nossa mãe isso é o que ela considera maravilhoso.

- Onde esta Polina?- Ingrid caminha de forma rápida até ele. - Yure onde está Polina?- ela está perto o suficiente dele.

- No hospital - ele responde em russo.

- Não fale em russo comigo, acha que não sei que consegue me entender?- ele fica em silêncio. - Olha aqui eu quase levei um tiro, Polina se machucou pra me proteger - ela fala cada vez mais alto.

Vivemos tempo o suficiente com a  nossa mãe pra saber que em poucos minutos Ingrid vai explodir em raiva e frustração.

E não tem nada melhor desse momento do que deixar ela colocar tudo pra fora e tomar uma distância segura.

- Tem a grande possibilidade de Maria ter me encontrado - olho diretamente pra Yure que nega com a cabeça de forma discreta. - Não sei o que vocês fazem da vida ou se o ataque foi contra você e eu só estava lá por acaso - pensou nessa possibilidade e logo descarto.

Assim como Yure também faz isso, se fosse um ataque diretamente contra ele não iriam pegar ele em uma estrada movimentada e com reforços.

Yure não é o tipo de homem que gosta de andar com reforços, sem falar que não temos recebido nenhuma ameaça indireta ou direta envolvendo nossa família.

- Sei que você é um russo desgraçado que entende português e tá fazendo graça com a minha cara - ele olha pra mim.

- O que vai fazer? Não tem como negar isso, Polina não vai conseguir cuidar dela e sem falar que vai levar tempo pra se cuidar sozinha, depois do tiro que levou, alguém tem que traduzir seus rosnados - ele sorrir.

- Não fale mais do que o necessário - ele balança a cabeça.

- Deixou Czar olhar seu tornozelo - ela dá alguns passos pra trás quando escuta voz de Yure falando em português com seu sotaque forte.

- Puta que pariu - ela bate as costas em meu peito e seguro sua cintura com força.

- Devo ter machucado ela com meu peso quando usei meu corpo pra proteger ela - ele fala olhando diretamente pra mim.

- Se em russo já faz sucesso em português...- ela nega com a cabeça. - Laura iria adorar - então ela rir.

- Quem é Laura - nós dois perguntamos ao mesmo tempo.

Seu corpo fica tenso e quando ela tenta se afastar solta um gemido de dor, pego ela no colo e subo as escadas levando diretamente pro meu quarto.

- Esse não é o meu quarto - coloco ela deitada na cama e tiro sua bota com cuidado. - Czar?- levanto a cabeça quando ela me chama. - Vai doer?- sinto a presença de Yure no quarto.

- Não - ele fala assim que eu respondo.

Ela pega um dos travesseiros e coloca no colo segurando com força, enquanto cuido dela Yure me fala como tudo aconteceu com detalhes.

- Então foi a Yakuza?- ele balança a cabeça.

- Ivan está cuidado da limpeza pedi pra que deixasse um vivo pra obter informações - volto minha atenção pra Ingrid que parece atenta ao que conversamos em russo - Todas as roupas foram distruidas - escuto batidas na porta.

- Senhor Zorkin? Trouxe a bolsa de gelo - a voz da senhora Stone chama tenção de Ingrid.

- Se o carro no momento só serve como sucata, as roupas não iriam sobreviver - ele balança a cabeça abrindo a porta. - Diga a ela que vai ter que fazer novas compras e que vou com ela da próxima vez - ele balança a cabeça.

- Não sobrou nenhumas das roupas que você comprou hoje, o carro pegou fogo - ela solta um gemido de dor quando coloco a bolsa gelada em cima do seu tornozelo inchado.

- Sabe me dizer se Polina está bem?- ela aperta os dedos.

- O pai dela está cuidando do caso, disse que você fez um bom trabalho - ela suspira. - Ele pediu pra agradecer, se não fosse por você as coisas poderia ser piores - ela balança a cabeça.

- Não sabia que ela era médica - pergunto a Yure.

- Ela fez curso de enfermagem - ele me responde em russo.

- Ela pretende continuar estudando?- ele pergunta pra ela.

- Estava me preparando pra fazer um vestibular quando Maria me procurou com a oportunidade de emprego - ela suspira. - Me apaixonei pelo ramo da saúde e quem sabe um dia volte a estudar - ofereço a ela um relaxante muscular e um copo de água.

- Vai ajudar com a dor - Yure fala. - Vamos deixar você descansar agora - me levanto da cama e beijo sua testa.

- Durma bem - ela suspira e fecha os olhos.

Saiu do quarto sendo seguido por Yure e caminho diretamente pelos corredores da casa até chegar no meu escritório.

- Como eles descobriram?- falo baixo e de forma controlada.

- Tenho certeza que os gregos não mantiveram suas bocas fechadas...

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