Minha Pequena Guerreira L1 [Trilogia Minha Máfia]

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PDV. YURE
LR_Souza

Foi um pouco divertido ver a expressão de desgosto seguido de vergonha no rosto da mãe de Polina quando Czar simplesmente se despediu sem fazer o famoso pedido.

Eu sei como as coisas na máfia funcionam e sei como os pais pensam em pretendentes pra suas filhas como um acordo de um possível negócio lucrativo.

Tudo se resume a hierarquia e poder, quanto mais perto de Czar ou qualquer um que faça parte do seu círculo social é um pretendente mais do que bom.

Por isso fico surpreso ao ver a mãe de Polina praticamente entregar a filha de bandeja.

Sei o que aconteceu com Polina e pessoalmente fiz ele pagar com muita dor e vários gritos implorando por seu fim.

Quase todos os homens gostam de se gabar dizendo que foram os únicos de suas mulheres e talvez seja por isso e pelo jeito que ela tente a todo custo casar a filha.

O que me faz pensar....

- Como se livra dos pedidos de casamento?- pergunto pra Ivan que parece confuso.

- O que?- ele olha pra min rápido antes de voltar sua atenção pro  estrada.

- Você é o subchefe da máfia e o mais desejado depois dos homens Zorkin e continua solteiro - ele balança a cabeça - Não me lembro de ver nenhuma mãe ou pai desesperado pra que se case com sua filha - eu não sei se isso é por sorte ou pelo fato de ser subchefe e não ter tempo pra toda essa merda.

- Nunca pensei nisso - fico surpreso - Nenhuma nunca me interessou - ele fala como se não fosse nada demais.

- E sua mãe não fica procurando esposa pra você?- ele balança a cabeça.

- Sabe que moro com seu irmão certo?- desde sempre Ivan mora com a nossa família. - Quase não vejo minha mãe - não consigo imaginar minha vida se as intervenções e exigências da minha mãe.

O caminho até o shopping foi em silêncio e sei que era um dos shoppings mais caros de Moscou.

Ingrid está em silêncio e pensativa olha pela janela como se fosse encontrar todas as respostas ou simplesmente procurando uma rota de fuga.

"Uma mulher satisfeita na cama não procura ou ou consolo na rua".

Só Czar pra acreditar nisso ainda mais depois de escolher a mulher que escolheu, está na cara que Ingrid não aceitou tudo tão fácil como ela faz parecer que aceitou.

Aposto todo meu dinheiro que ela está bolando um plano por trás dessa fachada de menina submissa e receptiva.

- Chegamos - Ivana anuncia já dentro do estacionamento do shopping.

- Houve algum imprevisto até aqui?- Czar fala sem tirar os olhos do celular.

- Tudo foi resolvido - falo chamando atenção dele.

- Yakuza?- nego com a cabeça. - Vamos acabar com isso - ele desce do carro sem esperar que Ivan abra a porta pra ele.

- Ele está bem? Tem certeza que foi uma boa ideia ele ter vindo? Eu poderia fazer compras com você de novo, não precisava ele vir - ela faz todas as perguntas de uma única vez sem tomar um único fôlego se quer.

- Só está preocupado com a sua segurança - ela faz uma careta quando a porta é aberta do seu lado por Czar.

- Não precisa de tudo isso - balanço a cabeça.

Não vou tentar explicar uma situação que sei que ela não quer entender, na cabeça dela a ilusão de liberdade e de voltar pro seu país ainda esta bem viva.

Não vai ser eu a pessoa responsável por destruir isso, acredite.

Quando nos aproximamos da entrada do shopping mais homens se aproximam, as vendedoras colocam seu maior sorriso quando vê Czar atrás do vidro.

- Vai ser um dia infernal...

PDV. CZAR

Já tínhamos ido alguns lojas e por mais que tenham tentando empurrar peças caras na direção de Ingrid ela sempre negava com um sorriso discreto.

Só tínhamos comprado poucas peças de roupas e a maioria delas casual, nada tão sofisticado ou luxuoso.

Fico tentando imaginar como Ingrid ficaria em um vestido azul escuro e de salto alto.

- Sabe que precisa comprar roupa de verdade não é?- ela me olha feio.

- Não vejo problema nenhum nas roupas que estou escolhendo - balanço a cabeça.

- Se precisar me acompanhar em um jantar de negócios, vai de moletom?- ela faz uma careta.

- Por que acha que vou acompanhar você? E por que alguém se preocuparia com o que estou vestindo?- ela me olha em busca de resposta.

- Acha que os sites de fofoca não vão descobrir que estive no shopping acompanhado de uma mulher gostosa?- ela morde a boca.

- Vão fazer convites de evento só pra me conhecerem?- balanço a cabeça.

- A minha família vai fazer isso só pra conhecer você, imagino que os outros também façam isso. - ela coloca o vestido na arara e caminha até o outro lado da loja.

- Que fique claro que não é por você - ela aponta o dedo em minha direção - Só não vou aparecer nos lugares pior que os outros - nunca vou conseguir entender as comparações ou expressões brasileiras.

- Por mim tudo bem - ela escolhe alguns vestidos e caminha até até provador.

Posso imaginar a bagunça que está no lado de fora da loja que a mesma foi fechada pra nossa pequena compra.

Ela fica longos minutos dentro do provador e não sai um segundo se quer pra que eu possa ver como os vestidos ficaram nela.

- Não vai me deixar ver você provando nada?- ela nega com a cabeça.

- Nem de fazer compras eu gosto e não vou desfilar pra você - ela sorri pra mim - Vamos?- balanço a cabeça pensando em uma pequena punição pra ela.

- Tudo bem, depois não reclame - ele segue na frente rebolando sua bunda deliciosa completamente nessa roupa.

A única coisa que eu não sei agora se isso vai ser uma punição pra ela ou uma tortura pra mim.

- Vai ficar aí Czar?- caminho seguindo ela.

Depois de tudo pago compramos bolsas, sapatos, acessórios, maquiagens e quando ela estava pronta pra entrar em uma loja de roupa íntima seguro seu braço.

- Me espere aqui - ela nega com a cabeça.

- Czar?....

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Czar vai acabar com o maior caso de bolas roxas do mundo.
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