Minha Pequena Guerreira L1 [Trilogia Minha Máfia]

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PDV. INGRID
LR_Souza

Se eu aceitar toda essa ideia de casamento, rainha da máfia e que não tem como fugir disso, assim fácil a resposta é não.

Maria também vivia dizendo que não tinha como fugir dela e dos seus homens e olha onde eu estou.

A verdade é que não adianta lutar contra Czar agora, não tenho o básico pra sobreviver depois que fugir dele.

Nem sei onde fica a rodoviária ou um aeroporto nesse lugar, muito menos para falar socorro.

E se for realmente ele for chefe de uma máfia, tenho que ter o dobro de cuidado e não posso ser pega por ele ou por Maria.

- Já acabou?- balanço a cabeça e vejo ele se levantar. - Vamos - ele estende a mão pra mim.

Czar mexe comigo de um jeito que ninguém nunca conseguiu antes, me sinto protegida, talvez seja por saber que ele é a única pessoa que no momento mantém Maria longe.

- Tudo bem - saímos da casa dele sendo seguidos por Ivan e Yure. - Eles também vão ver Polina?- pergunto baixo pra que só ele escute.

- Ivan é meu homem de confiança subchefe da máfia - fico em silêncio - Yure cuida da sua segurança - mordo a boca. - Ele precisa de algo pra manter o pau dele nas calças - escuto reclamações.

- Já disse que não vai voltar acontecer - assim que estamos do lado de fora vejo o carro à nossa espera já com as portas abertas.

- Pensei que Yure fosse assumir o lugar de segundo homem na máfia - não tem coisa melhor pra uma fuga do que saber como as coisas realmente funcionam.

- Nosso pai não merece tanto orgulho - fico em silêncio.

Ivan sempre se mantém em silêncio e as poucas vezes que se mete na conversa e pra dizer algo a Czar.

Sei que Yure tinha me encontrado e que Ivan me manteve aquecida até chegar na casa de Czar.

Mas estranhamente Yure sempre intervém por mim quando o assunto é Czar, impor suas vontades seja elas quais são.

E por isso somos próximos.

- Yure vai ficar noivo em breve e não consegue guardar o pau pra sua futura esposa - olho feio pra Yure.

- Já disse que foi só uma vez - entro no carro sendo seguida por Czar que balança a cabeça, nenhum um pouco interessado nas desculpas do irmão.

Ivan senta no bando do motorista e Yure no do passageiro, sei que até a casa de Polina todo o caminho iria ser feito em silêncio.

- Por que não preciso me levantar quando você chega?- não iria esperar pra descobrir com sua mãe.

- Eu estou acima de todos na máfia - balanço a cabeça ele faz um carinho em meu rosto. - Em casa você e fora dela, você manda em mim - olho pra ele.

- Quer dizer que eu mando na máfia?- ele balança a cabeça.

- Um homem sábio ouve sua mulher e segue seus conselhos - isso me faz sorrir - Consigo me lembrar de 5 ou 7 guerras que meu pai não travou por escutar a mulher que tomou com esposa - posso ver a mãe dele na posição de conselheira de guerra.

Sem falar que ela parece que tem um ou dois parafusos faltando resumindo... gostei da mãe dele desde que vi ela mesmo que a gente não tenha tanto contato.

- É por isso que querem me matar?- todos ficam tenso e vejo o maxilar de Czar rígido.

- Já imaginou a guerra que Czar iria travar se alguém tivesse a coragem de tocar em um fio de seu cabelo?- Ivan me pergunta ainda olhando a estrada.

- Não me imagino sendo motivo de uma guerra - não me lembro da última vez que fui motivo de luta de outra pessoa que não fosse eu mesma.

- Você seria bem mais que um motivo de guerra cunhadinha - nego com a cabeça rindo de Yure.

- Eu não sei como agir perto desse povo - nunca tive e na verdade nunca fiz questão de estar em uma situação ou lugar que nunca me fez bem.

- Vai saber lidar com isso - ele fala como se fosse uma coisa simples.

- O que uma rainha faz?- preciso saber os limites dessa posição que Czar quer me colocar antes de pensar em fazer alguma coisa.

- Você trás força não só pra Czar como pra toda a família - balanço a cabeça.

- Sou uma esposa troféu - todos ficam em silêncio, o que me faz rir. - Ninguém vai saber ou se quer notar a minha presença sem que ele esteja do meu lado certo?- eles continuam em silêncio.

Não é ruim ser uma esposa troféu nessa situação, principalmente sabendo que Czar vai ser o único que vai realmente prestar atenção em mim.

Dificultaria minha fuga se tivesse bem mais que os olhos de Czar prestando atenção em todos os meus movimentos.

- São homens machistas que acham que uma mulher não é tão boa pros negócios quanto eles - Czar fala dando fim a conversa.

- Chegamos - olho pela janela e vejo a casa grande e com aparência rústica à nossa frente.

- Eles têm visitas - Czar respira fundo.

- Tenho certeza que a mãe dela avisou a todos da sua visita - Ivan estaciona o carro perto da porta principal.

- Tenho certeza que sim - assim que a porta do motorista foi aberta a da casa também foi.

Uma mulher muito parecida com Polina com um sorriso enorme aparece na porta pronta pra dar boas-vindas a Czar.

- Contou a ela sobre a corrida de noivas?- Yure perguntou pro irmão antes de descer do carro.

- Do que ele está falando?- olho pra Czar que parece de mal-humor.

- O conselho está me precisando pra casar e ter um herdeiro - já imagino onde ele pretende chegar. - Todos que tem filhas solteiras estão empurrando elas pra mim, como se fossem ser a próxima rainha - fecho os olhos e  faço uma careta.

- Sabem sobre mim?- ele nega com a cabeça. - Ótimo - ele segura minha mão e olho pra ele.

- Nem Polina ou seu pai tem permissão pra falar sobre você, o que aconteceu ontem foi abafado e ninguém se preocupa com outra notícia a não ser Yure Zorkin envolvido no acidente - olho a mulher que recebe Yure como se fossem íntimos.

- Vai ser um inferno...

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Vamos ver...
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