Na manhã do dia 26 de novembro, Harry havia acordado mais cedo e aproveitado para sair e conhecer mais a cidade. Desde que as aulas haviam acabado, ele não saía e praticamente só ficava em casa. Mas agora as coisas mudaram, junto com sua casa.
Harry não gostou da nova casa, nem da nova cidade. Ele queria mesmo era continuar na antiga cidade, com os mesmo hábitos e com Louis. Mas Harry é muito bom para falar isso. Sua mãe estava feliz com o emprego e estava até ganhando mais. Gemma estava normal, ela não disse que gostou mas nem que detestou. E Harry não seria capaz de fazer a mãe rejeitar o emprego e voltar para a antiga casa.
O garoto de olhos verdes estava sentindo muita falta de Louis.
Por mais que eles não se comunicassem direito, ele gostava dele, ele amava Louis. Mas a verdade é que o garoto dos olhos azuis nem se importava com ele.
***
Louis acordou no quarto de Jay, as janelas ainda estavam fechadas e isso faz com que o quarto permanecesse escuro. Sua mãe ainda estava dormindo ao seu lado e ele aproveitou para sair logo.
Ele se levantou de vagar e foi de fininho até a porta.
- Você me deixou muito feliz. - ela disse. - Feliz porque você finalmente vai seguir o negócio da família.
Jay se virou lentamente até encarar os olhos do filho. Ela tinha um sorriso no rosto que não alegava algum traço de falsidade.
- Como? - Louis se afastou da porta. - E-eu vou o que?
- Louis, você não vai voltar atrás agora. - seu sorriso desmanchou.
- Espera, você não está entendeu. Eu não aceitei nada. - Louis se virou e sorriu nervoso. - Eu não consigo me lembrar, eu não aceitei nada.
Ela se levantou.
- Você estava chapado, não estava? - ela disse. - Como é que eu não percebi isso. Meu deus, é melhor você ir embora. - Jay massageou as pálpebras e voltou a se sentar sobre a cama. - VÁ EMBORA LOUIS! EU NÃO QUERO VER SUA CARA HOJE. - gritou.
- Jesus. - ele disse rindo, depois saiu do quarto.
***
As paredes ficaram brancas, e ouviu-se outro estrondo, como se tudo estivesse desmoronando, e Tessa Calder gritou quando as luzes se apagaram. No escuro seu coração acalmou-se enquanto ela ria de si mesma. Tessa foi para a janela e olhou para fora para ver quem mais havia sido atingido pela interrupção de energia. A quadra toda estava às escuras e demorou algum tempo para ela notar um vulto estranho em seu quintal. Uma pessoa. Um homem. Um homem estranho em seu quintal, imóvel. Seu coração se apertou, e ela não emitiu nenhum som. Seus pais tinham saído e voltariam tarde. Procurou seu telefone desajeitadamente sem poder tirar os olhos do homem na chuva e sua imobilidade estranha. Começou a ligar para a polícia, mas foi quando ela percebeu o carro na rua, um BMW.
Fechou o telefone, desceu e abriu a porta da frente.
- Louis? - disse ela.
De pronto ela achou que ele nem havia percebido, ele pareceu estranhamente imóvel como um anão de jardim retardado. Mas então ele olhou para ela e falou: "Não tem luz".
- Louis, você está bem?
Ele virou as palmas das mãos para cima e olhou para a água que caía.
- E só chuva - disse ele.
- Louis, acho melhor você entrar.
Ele não discordou, mas não se moveu, e ela esticou a mão para fora. Ele pegou a mão dela e ela o levou escada acima para o banheiro e lhe deu seu roupão rosa da Victoria Secret.
- Suas pernas são perfeitas para ele.
Ele entregou suas roupas molhadas para ela através da porta e ela as colocou na máquina de secar e em seguida acendeu várias velas em seu quarto. Quando ele entrou, ela colocou uma de suas mãos na boca para abafar uma gargalhada.
- Aqui - disse ela o fazendo sentar-se em sua cama e puxou seu edredom colocando-o sobre os ombros dele e sentou-se na cadeira de
balanço, olhando-o. Seu coração estava disparado.
Ali estava ele, Louis Tomlinson, na sua cama, vestido e enrolado em uma manta.
Louis nunca pensou em correr para os braços de Tessa, nem se ele tivesse usado uma tonelada de cocaína. Mas aqui estava ele. Essa pobre criatura ensopada e desiludida do amor, olhando distraidamente para a chama de uma vela. E mesmo que alguém fosse absolutamente imune ao charme de Louis Tomlinson, como poderia o seu coração não disparar diante daquela amostra de fragilidade?
- O que houve? - disse ela.
Ele baixou a cabeça e não a encarou. Ela percebeu uma mancha vermelha sob o curativo no rosto dele.
- Louis, o que foi que aconteceu?
A verdade é que Louis fez de novo. Se chapou de cocaína e sangrou mais uma vez.
Ele estava olhando para o chão sem expressão, e seu rosto brilhava porque ele estava chorando.
- Está bem - disse ela. - Ei, está tudo bem. - Ela sentou-se ao lado dele e pegou sua mão.
- Ei.
Ele não levantou a cabeça.
- O que aconteceu? - disse ela. - Ei, Louis. Eu posso ser ser má, mas não ao ponto de ver o meu primo chorar e não poder fazer nada. Me diga, o que aconteceu? Talvez seja bom você falar.
Ele fechou os olhos e juntou os músculos do rosto no punho fechado.
- Louis. - disse ela.
- Eu sou feio - disse ele.
- O quê? - disse ela.
- Sou feio, sou uma pessoa feia.
- Louis. - disse ela.
- Tenho uma feiura que me faz impossível de ser amado - disse ele.
Retirou sua mão da dela, colocou seu rosto nas mãos e chorou.
***
[N/A]
Só deus sabe o quanto eu chorei escrevendo esse finalzinho :(
Não me toquem eu to triste.
Talvez eu apareça hj de novo ):(
Tchau <3
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Dark Paradise |l.s| (Revisão)
RomanceEu quero te amar, mas é melhor não te tocar. Eu quero te abraçar, mas meus sentidos me dizem para parar. Eu quero te beijar, mas seus labios são venenos. Você é o veneno que corre dentro de minhas veias. Eu quero te machucar só para ouvir você...