Cap. 11: Inicio do Treino

2.7K 202 2
                                    

-Onde estamos?- perguntei eu.

Via um cabana e uma floresta grande. Era longe da cidade mas não demasiado longe, cerca de 30 minutos de carro.

-Estamos num bosque, não se vê logo?- disse o "loirinho".

-E o que estamos aqui a fazer?- disse eu.

-Vamos treinar as tuas capacidades. Vamos começar pela velocidade.

-Velocidade?

-Sim. Como és vampiro, tens mais velocidade que os humanos.

-E vamos treinar aqui?

-Sim. É suficientemente longe da cidade. Anda, vamos vestir-te algo mais apropriado.

-Estás a dizer que me visto mal?

-Não, estou a dizer que não vais querer treinar de sapatos de salto e de vestido.

-Espera, nós vamos treinar hoje?

-Claro.

-Mas já é tarde, deve estar a escurecer.

-E? À noite também se pode treinar.

-Não...Vai haver bichos que te picam e te deixam com borbulhas que nem mesmo a base consegue tapar.

-Queres treinar enquanto é dia?

-Sim!

-Então vou dar-te um conselho: para de te queixar.

O "loirinho" riu-se e entrou na cabana. Eu segui-o. Ele pegou nuns calções e numa camisola, ambos para mulher, e deu-mos. Depois pegou numas botas e deu-mas.

-Veste isso. Tu és um pouco mais magra mas não deve ficar muito grande.- disse ele.- Estou à tua espera lá fora. Não demores muito ou escurece...depois os bichinhos comem a menina.

-Ha, ha, ha.- disse eu ironicamente.- Que piada.

Ele sorriu e fechou a porta. Eu vesti a roupa e sai.

-Corre daí até aqui! - gritou o "loirinho" que estava afastado da cabana.

Eu encolhi os ombros e corri até ele.

-Vês, não há super velocidade.- disse eu.

-Hm, corres devagar até para um humano quanto mais par um vampiro.- disse ele.

-Estavas a espera do quê? Achas-me com a ar a de flash? Ainda por cima as botas são dois números acima do meu.

-Isso, inventa desculpas para o fracasso. Costuma resultar.

-A sério?

-Claro! Mas depois os bichinhos comem os fracassados.- disse ele sorrindo.

-Ha, ha, ha. - disse eu mais uma vez ironicamente.- Continua a gozar.

-Voltando ao trabalho.- disse ele.-Vês aquele ramo de árvore?- apontou para um ramo muito longe.- Tenta chegar lá usando a velocidade. Pensa que tens de colocar a mão no ramo como se a tua vida dependesse disso.

Eu concentrei-me. Imaginei-me a agarrar o ramo. Respirei fundo e desatei a correr. De repente, o ramo que estava longe já estava quase ao pé de mim. Tentei deixar se correr mas não o consegui fazer a tempo. Acabei por bater com a cabeça no ramo e cai ao chão. O "loirinho" foi até ao pé de mim (eu ainda me encontrava no chão) e, rindo-se, disse:

-Estás bem?

-Não! Esta vai deixar marca.- disse eu.

Ele continuou a rir mas desta fez ainda mais. Eu, ainda no chão, disse:

Dark Blood #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora