Cap. 14: Confusões do coração

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Olá. Durante as duas semanas que se seguem eu irei estar de férias e, por esse motivo, não poderei publicar mais capítulos. Espero que compreendam e, assim que chegar, publicarei mais capítulos. Segue-se o último capítulo antes de eu ir de férias. Agradeço a compreensão, beijos, Lu.

Fui até um rio ali perto. Senti a brisa na cara e, de repente, tudo parecia mais límpido. Fechei os olhos e prometi a mim mesma: de: "Tu não te apaixonarás. Não queres vingar o teu irmão? Então não te umas apaixonar... Isso penas servirá de distracção. Se forte...O que sentes por ele e uma confusão...Exato! Uma confusão do coração... Com o passar dos dias passará..."

Dizia estas palavras, porém, não me serviam de consolo. Na verdade, em nada serviam...eram apenas palavras. A imagem de mim e de Edward caídos no chão não me saia da cabeça. Tentava pensar noutras coisas mas tudo me levava àquele pensamento. Senti uma voz conhecida dizer atrás de mim:

-Vais contar-me o que se passou?

Olhei para trás e viu-o. Voltei-me de novo para e ele foi até perto de mim.

-Não me apetece Ed...- disse eu.

-Eu respeito isso...- disse Edward.

-Como sabias que estava aqui?

-É um sitio bonito e calmo: óptimo para pensar.

-Desculpa ter saído a correr...Não era minha intenção. Desculpa, a sério...

Senti uma dor de estômago. Lembrei-me que à dias que não comia nada... Já tinha tentado com sangue de todos os animais e nada... Disfarcei para o Edward não descobrir.

-Não faz mal...- disse ele.- Eu também fugia se me tivesse de aturar todos os dias...

Não pude evitar rir...Era o que eu adorava nele: sabia sempre como me fazer rir... mal pensei nisto o meu subconsciente mandou vir comigo: "Posso saber o que estás para a dizer? Tu não gostas nada dele... Chega de parvoíces..."

Estava perto de desatar a correr outra vez quando olhei para o sorriso de Edward. Era lindo a forma como, cada fez que ele sorria, lhe apareciam covinhas nas bochechas. Ignorei o meu subconsciente e, simplesmente, aproveitei o momento não fazendo nada... Apenas olhei para ele sorrir e pensei no quão bom era vê-lo sorrir. Dei por mim a sorrir ao apreciar a beleza do sorrido de Edward. Ele disse:

-Porque sorris?

-Por nada.- disse eu voltando-me para o rio.

-Ainda à bocado chamaste-me Ed...Ainda não te ouvi dizer o meu nome. Eu não sou Ed, sou Edward...Diz lá o meu nome.

Eu voltei a olhar para ele e disse:

-Não...

Ele agarrou-me os braços de forma meiga e disse:

-Diz...

Eu sorri e disse:

-Ed...

-Edward...-corrigiu ele fazendo-me cócegas. Depois agarrou-me os braços de forma meiga e puxou-me até ele. Depois sussurou-me ao ouvido...

-Diz...

Eu aproximei-me dele e aussurrei ao ouvido dele:

-Nunca...Ed...

Depois fiquei a olhar para ele... A olhar para os seus olhos azuis límpidos tingidos de esverdeados... Ele aproximou-se de mim e eu afastei-me e disse:

-É melhor voltarmos...

-Sim.- concordou ele.

Regressamos à cabana e descansamos. No dia seguinte, recomeçamos os treinos.

Eu estava cheia de fome e Edward parou o treino para me dizer:

-Tens comido?

-Claro.- menti eu.

-Não me mintas...Vou caçar algo...

-Não é preciso...

-É sim, não quero que morras...

-Edward, eu não consigo beber sangue de coelho...

-Eu caço veado...

-Não consigo beber nem sangue de coelho, nem veado, nem javali, nem vaca, nem porco...Não consigo beber sangue de animal...

-O quê?- exclamou ele com ar preocupado.- À quanto tempo não comes?

Eu não respondi.

-Nunca comeste.- deduziu ele.- Por isso é que estás tão fraca...

Eu acenei em sinal de concordância. Ele esticou o braço e disse:

-Bebe de mim...

-Não!- disse eu.

-Eu voltarei a criar sangue. Se me tirares pequenas quantidades não há problemas...

-E se me descontrolo?

- Não descontrolas...

-Como podes ter tanta confiança?

-Simplesmente confio em ti...

-Mas eu não confio em mim... Está fora de questão. Promete-me que não me farás beber do sangue...

Ele suspirou e acenou com a cabeça em sinal de concordância.

Duas semanas de pois
Os treinos seguiram-se nas semanas que passaram. Eu ignorava a fome e a fraqueza e tentava esforçar-me ao máximo.

Estava a resultar até que um dia não aguentei mais. Comecei a ver tudo a rodar e cai no chão. Edward correu para o pé de mim...Senti algo molhado e quente cair-me no rosto. Parecia uma lágrima...Edward estava a chorar. Percebi que estava a morrer. Senti ele sussurrar:

-Desculpa.

De seguida, senti um sabor a ferro na minha boca... Não sabia o que se passava mas em breve iria descobrir...

Dark Blood #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora