Naquela noite, eu tive um sonho no qual Trip estava pairando sobre mim. Eu podia
sentir suas mãos apoiadas em ambos os lados da minha cabeça, seu cabelo cor de areia roçando
meu rosto enquanto ele se aninhava em meu pescoço, correndo beijos aquecidos ao longo da
minha clavícula. Meus braços foram ao redor dele puxando seu corpo para cima do meu, minhas
pernas envolvidas em torno de sua cintura, sua mão deslizando até a minha camisa, meus dedos
deslizando para baixo suas costas nuas, até suas coxas, puxando-o com mais força contra mim...
Quando ouvi sua risada contra a minha garganta, eu acordei e percebi que era de manhã.
Lá, ele estava, na verdade, emaranhado nos meus braços, melhor do que qualquer sonho poderia
ser. Olhei para a outra cama e vi que Lisa já estava tinha ido há muito. Eu fiz uma nota mental
para fazer o Check-In dela na primeira chance que eu tenha. Bem, a segunda chance que eu
tenha.
— Bom dia. — ele sussurrou em meu pescoço, todo o peso dele me pressionando contra
os travesseiros.
— Mmm. Bom dia. — eu respondi de volta, sentindo o calor sonolento de sua pele. Nós
trocamos para os nossos lados, de frente para o outro, minha perna ainda envolta em seu quadril.
A chamada de atenção teria sido perfeita se não fosse a palavra "IDIOTA", escrito na testa
de Trip a marcador preto. Imaginei que Cooper finalmente tinha encontrado uma oportunidade
para buscar sua vingança. Eu comecei a rir. — Você ainda não viu um espelho esta manhã.
Trip me olhou como se eu estivesse louca antes de saltar para fora da cama e ir para o
banheiro. Um segundo depois, eu o ouvi cuspir, "filho da puta!" Que me fez apenas gargalhar.
Eu ouvi a pia correndo e percebi que Trip iria voltar para a cama com cheiro não só de
sabão, mas mentolado, também, e segui-o até o banheiro. Eu pensei que seria melhor escovar
meus dentes.
Ele gastou uma quantidade considerável de tempo na pia, mas depois que ele caiu fora,
ainda havia uma sombra cinzenta, juntamente com um grande, manchado vermelho na testa. Ele
jogou a toalha em cima do balcão e encostou-se no batente da porta, observando-me, assim que
terminei de escovar meus dentes. — Você está queimada, né?
Torci um ombro para o espelho. — Acho que vou pular a praia hoje e ficar por dentro. —
Um sorriso perverso decorado seu rosto. — Quer companhia? — Eu dei um passo para o outro
lado do corredor e caí para baixo em sua cama na resposta. Ele caiu para trás até a metade em
cima de mim e gemeu: — Lembre-me de matar Cooper. — Eu me reajustei mais confortavelmente
debaixo dele antes de aconchegar em seus braços. A pele do meu rosto e dos ombros estava
parecendo rígida e crua, queimada do sol do dia anterior e estabeleceram seu dano total enquanto