Greg Rymer vive em Norman Hills, o "bairro rico" no lado norte da cidade. Por volta
da década de setenta, o construtor que demoliu a área acabou sendo enviado para a prisão por
subornar um monte de funcionários do governo, a fim de obter os direitos de zoneamento. Antes
de sua prisão, no entanto, ele foi responsável pela construção de algumas lindas casas.
O rancho de Rymer era espalhado em um bosque de árvores, dividido em enormes sessões
quase inteiramente construídas de paredes de vidro. Eu acho que a propriedade isolada permitiu-
lhes viver em um aquário sem sentirem-se como exibicionistas. Às vezes, me apavorava ficar lá a
noite, no entanto. Quando apenas alguns de nós estávamos assistindo a um filme ou alguma
coisa, eu sempre pensava que poderia haver algum assassino louco andando na floresta, nos
espionando. Sério, a casa era o perfeito pano de fundo para um filme de terror. Lá não existia
outra casa ao alcance da voz. Ninguém ouviria nossos gritos.
Por outro lado, é por isso que ela era uma casa de festa perfeita.
Com o número de carros amontoados em todo o jardim da frente, eu tinha certeza que
quaisquer potenciais assassinos seriam superados em número pelos convidados da festa. Além
disso, todos os reais seres assustadores já estavam lá dentro.
Eu me lembro de ter ouvido uma vez sobre a maneira correta de entrar em uma sala. Uma
pessoa deve andar com confiança e ir direto até um rosto familiar. A pior coisa que poderia fazer
seria ficar um pouco insegura, parada a dois passos da porta. Lisa sabia disso, é por isso que deu
uma batida rápida antes de entrar direto, nós beijamos algumas pessoas em nosso caminho, o
mais curto para o balcão onde nós sabíamos que barril estaria.
Cooper e Sargento estavam ao redor do boombox, brigando pela função de DJ. Rymer
estava sentado no parapeito, usando o barril como um banquinho e segurando uma pilha de
copos individuais vermelhos.
Ele viu Lisa e eu e disse: — Cinco dólares.
Eu fui para a minha carteira, mas parei quando ouvi Lisa dizer — Rymer, você é mesmo
uma perda de tempo. Você vai tentar puxar essa merda de novo? Pedir às meninas para pagar o
barril? Não me admira que você nunca transe.
Os caras abafaram os risos, o que colocou Rymer na posição de ter que retaliar. — Tudo
bem, De Santo. Eu vou dar a você e Janis Joplin aqui um copo, sem nenhum custo. Mas você vai
ter que pagar por isso mais tarde, se você sabe o que eu quero dizer.
Todos nós sabíamos que Rymer estava cheio de más intenções, mas os caras pararam de