- Sabes as vezes que te tentei ligar?
- Imagino... - Michael pousou as chaves do carro de Robert, na mesa.
- Estava preocupado contigo, tinhas o meu carro, não me atendias as chamadas, dormiste fora, chegas aqui à hora de almoço, faltas ao trabalho e há muitas mais coisas só que não me apetece estar para aqui a recitar. Então? Tens alguma coisa a dizer? E que roupas são essas?
- Primeiro estou mesmo muito comovido por teres ficado preocupado comigo, mas como vez, eu estou bem. Segundo, o teu carro está lá fora, sem um único risco e aproveitei para meter gasolina, do meu próprio bolso, já agora. Terceiro, o meu telemóvel ficou sem bateria e como podes imaginar não estava com o carregador. Quarto...
Parou para respirar e entrou na cozinha.
- ...Dormi na casa de um amigo e antes que perguntes, não, não tivemos sexo. Cheguei só agora, porque também acordei tarde e a casa dele é longe. Estou de folga, por isso não faltei ao trabalho e por último, estas roupas são emprestadas, já que o rapaz com quem eu estive deitou as minhas para lavar, sem eu saber.
Robert levantou um pouco a sobrancelha, provavelmente, a tentar processar todas aquelas desculpas.
- Ok. - Disse, com um encolher de ombros. - Não fiz nada para almoço, porque não sabia se vinhas comer a casa, por isso, sei lá, podíamos ir almoçar a Georgia.
- Almoçar a Georgia? - Riu Michael, tirando uma garrafa de água do frigorífico.
- Ao café da Georgia. - Corrigiu Robert.
- Tudo bem.
Michael e Robert entraram no carro e conduziram até ao café de Georgia Smith.
- O que vão querer? - Perguntou ela, assim que os viu sentar.
- Para mim, o mesmo de sempre, batatas fritas e um bife. - Robert entregou o menu, com um sorriso enorme. - Michael?
- Apenas uma sopa. Não estou com disposição para comer.
- Volto já com os vossos pedidos.
Georgia voltou costas e Robert ficou a observá-la, até ela desaparecer pela porta da cozinha.
Michael fitou-o, confuso.
- És tão estranho. Já pensaste em curar-te?
Robert revirou os olhos e ignorou a sua pergunta, colocando outra.
- Vamos sair esta noite?
Michael encolheu os ombros. - Não sei, talvez.
- Oh meu Deus! - Guinchou Robert. - Que fixe, que fixe! - Bateu com as mãos na mesa, como uma criança.
Michael riu.
- Chega, estás a fazer figuras; e eu nem sequer disse que sim.
Os seus pedidos chegaram e comeram em silêncio.
Pagaram e foram para casa.
O resto da tarde foi passada a ver filmes e a comer piza.
Quando a escuridão começou a invadir a sala, Robert ajoelhou-se e pediu a Michael para saírem.
Com esforço, ele acabou por ceder e saíram de casa, até à discoteca.
- Tu só me fazes gastar dinheiro. - Murmurou Michael, quando entraram no clube.
Robert não respondeu e foi direto ao balcão.
- Oi, oi. - Robert disse para o rapaz que estava no balcão.
O rapaz sorriu. - O que vão querer?
Robert ficou a olhar durante algum tempo para o moreno à sua frente e só 'acordou' quando Michael lhe deu uma cotovelada.
- Uma bebida qualquer, por favor, mas bem gelada. De repente, fiquei seco, com tanto calor.
O barmen riu e abriu um mini frigorífico.
Enquanto Robert estava ocupado a observar o novo empregado, Michael olhou à sua volta, até que o seu olhar, no meio daquela enorme confusão, se cruzou com o de Luke.
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us ✖ muke |PT|
Fanfiction{NEWS} Dezenas de adolescentes, encontrados já sem vida. Todos mortos da mesma maneira. Sempre no mesmo dia do mês. Sempre à mesma hora, minuto, segundo. E sempre pela mesma pessoa. Quem será o próximo? Michael Clifford nem desconfia que é ele... ...