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 - Strike! – Luke levantou os braços no ar, fazendo poses estranhas para uma multidão invisível.

Michael revirou os olhos.

- Eu desisto. – Queixou-se, ignorando a bola de bowling que Luke lhe estendia.

- Vá lá! – Incentivou o rapaz loiro. – Não te estás a sair assim tão mal...

- Claro que não. – Revirou de novo os olhos. Porra, hoje estás a revirar os olhos imensas vezes. Ainda vais ficar, tipo... um camaleão. – Só estou a perder por vinte e cinco pontos. E quantos pontos tens? Vinte e cinco!

Luke riu e bateu levemente no ombro do companheiro.

- Anda lá, Michael. Tenta mais uma vez. Se falhares novamente, vamos embora.

O rapaz de cabelo colorido suspirou alto e pegou na bola de bowling.

- Era agora que tu me ensinavas como se manda a bola.

- Nah, demasiado piroso.

Michael fez um som estranho com o nariz.

Tentou imaginar Luke a ser romântico e chegou à conclusão que era praticamente impossível.

Só quando acordou do seu pequeno transe, é que deu conta que já tinha lançado a bola e que esta tinha derrubado todos os pinos.

- Strike! – Gritou Luke, atrás de si.

Michael riu.

- Eu nem sequer dei conta que tinha lançado.

- Bem, então continua na lua e pode ser que nos próximos jogos me consigas apanhar.

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- Contente?

- Bastante! – Respondeu Michael, fechando a porta atrás de si.

- Acho que nunca mais te vou trazer ao bowling! – Resmungou Luke. – Estavas a queixar-te que estavas a perder e acabaste por me ganhar.

Michael encolheu os ombros.

- Bem... - Luke olhou para o relógio. – Vamos jantar?

Entraram num pequeno restaurante.

Quando terminaram a refeição, já passava das dez da noite.

- O que vamos fazer agora? – Perguntou Michael. – Já é de noite e está tudo fechado, tirando o restaurante, oh, espera, já fechou.

Luke riu. – Podemos dar um passeio.

- Está escuro.

- E então?

- Está escuro...? E vamos para onde?

- Eu conheço um sítio.

Luke começou a andar e Michael seguiu-o.

Eram poucos os candeeiros acesos. Bolas, estou mesmo com medo do escuro? Perguntou-se Michael. Nope! Respondeu logo o seu subconsciente. Acho que é só pelo facto de estares sozinho com o Luke.

- Chegamos. – O loiro falou.

- Umm... Onde é que estamos?

- É apenas uma casa abandonada, Michael, não te preocupes. Anda, há ali uma casa na árvore.

Michael seguiu novamente Luke até a um enorme carvalho e, como era de esperar, uma casa de madeira em cima deste.

- Aquilo é seguro?

- Michael, sobe, anda lá.

Michael assim fez e, em alguns segundos, estavam os dois naquele cubículo.

- Olha! – Luke apontou para o céu, através da pequena janela. – Bolas, Mike. Era uma estrela cadente.

- Pediste um desejo?

Luke sorriu para o chão e a sua mão foi de encontro à de Mike. – Eu acho que já se realizou.

A expressão de Michael mudou drasticamente.

- Sabes... - Ele falou, com um tom mais calmo do que ele próprio esperava. – Isto aconteceu no Phineas e Ferb. Com a Candace e o Jeremy.

Luke riu e apertou a mão do rapaz. – Eu sei, mas este é o nosso momento.

- O momento de nós?

- Sim, nós.

Luke sorriu de novo e beijou Michael, e este não hesitou em retribuir.

- É melhor irmos embora, não achas? – Falou Luke.

Michael assentiu.

Desceram da casa da árvore e fizeram o caminho até ao carro, de mãos dadas.



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