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 Michael acordou.

Viu dez horas marcadas no relógio de parede do quarto de Luke.

Virou-se para o lado e encontrou-o a dormir, profundamente.

Mike sorriu e saiu da cama.

Vestiu a t-shirt escura do loiro e saiu do quarto.

Sentiu que a camisola do rapaz ainda estava quente e um pouco transpirada.

Michael simplesmente ignorou e entrou na cozinha.

Preparou café e foi para a sala.

Puxou as cortinas, deixando, a sala, ainda mais escura.

Aninhou-se no sofá com um cobertor, que estava perdido no chão, e ligou a TV.

Começou a ver The Family Guy, enquanto terminava o seu café.

Assim que acabou, levantou-se, com preguiça, e lavou a chávena.

Michael estava aborrecido.

Viu as horas na televisão e reparou que já tinha passado cerca de uma hora.

Luke costumava ser sempre o primeiro a acordar e, hoje, parece que... não queria acordar...

Talvez ele já tenha acordado, mas ficou na cama, chateado, depois de, ontem à noite, não o ter deixado sair. Pensou Michael.

E que raio ia ele fazer às duas da manhã? 'Apanhar ar'. Claro. E eu sou Alice no País das Maravilhas.

O telemóvel de Michael tocou e ele apressou-se a atendê-lo.

- Sim?

- Michael... - Robert chorou do outro lado.

As sobrancelhas de Michael levantaram-se.

- O que se passa? – Perguntou, nervoso. – Eu juro, que se te chateaste com o Calum e que me estás a ligar-me só para...

- Não! – Rob ia continuar, mas chorou ainda mais.

- Robert... - Michael suspirou. – Por favor, explica-te. O. Que. Se. Passa? – Falou em staccato.

Rob, do outro lado, deixou escapar um suspiro trêmulo.

- Já leste as notícias? – Ele falou e Michael pode ouvir um beicinho.

- Não... Oh, meu deus, quem foi desta vez? Por favor, diz-me que não foi o Cal- -

- Não! Nem digas uma coisa dessas! Ele está aqui, ao meu lado, vivinho da silva!

- Então, quem foi?!

- Eu não consigo contar-te. Prefiro que vejas por ti próprio.

E, com isto, desligou.

Michael ficou, durante algum tempo, a olhar para o seu telemóvel e, depois, correu até à entrada.

Tentou abrir a porta, mas esta estava trancada.

Procurou pelas chaves, mas sem êxito.

Michael, frustrado, subiu as escadas à pressa.

Entrou no quarto, deparando-se com Luke ainda a dormir.

Pegou nas calças deste e tirou as chaves do bolso.

Fechou a porta com calma, e, de novo, correu até à entrada.

Caminhou na direção do pequeno jornal, no meio da relva, perfeitamente enrolado, e voltou para dentro, tendo o cuidado de trancar a porta, de novo.

Antes de abrir o jornal, foi até ao quarto, novamente, deixando as chaves no local onde as retirara.

Pela terceira vez, desceu as escadas.

Sentou-se no sofá e, tal como Robert, ao telefone, deixou fugir um suspiro trêmulo.

Retirou o elástico, com as mãos a tremelicar, e, suspirou, uma última vez.

Assim que o viu o nome no jornal, o seu coração parou.

Como momentaneamente, as lágrimas formaram-se nos seus olhos e desabaram, agressivamente, nas folhas acinzentadas.

O subconsciente de Michael estava agora, no chão, desmaiado, e com milhares de enfermeiros imaginários, à sua volta.

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Este capítulo foi muito «intenso» i guess, e tive se acabar com uma frase... engraçada (?)

pizza

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