Gabe

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" O sentimento que eu mais gosto:

Gosto da tristeza. Sempre gostei. Não que eu goste de me sentir triste, mas ela me faz sentir igual as outras pessoas, afinal, a tristeza é sempre a mesma pra todo mundo, não importa o motivo, ou a intensidade, o sentimento é o mesmo, mas de uma forma diferente do amor, da felicidade, e até da dor.
Todo mundo já provou um pouco de tristeza. Tristeza liga as pessoas, ela as deixa vulneráveis. NOS DEIXA HUMANOS"

-Então... O que achou, professor? - Meu deus os olhos do professor Denn são lindos.
PARA! PARA! PARA!
- Gabriel. Está ótimo, um pouco deprimente, mas tem verdade nisso. Está digno de participar do concurso regional! - Ele disse, e eu estou olhando para as mãos dele, são tão grandes, e as unhas são tão certinhas, até a aliança no dedo dele parece bonita.

-Desculpa profs, preciso do meu amigo. - Amy me puxou pelo braço, me fazendo acordar. - Tive uma idéia.
- Aí meu Deus! VOCÊ não quer matar um porco e tirar o sangue dele para jogar na garota que sentou no seu lugar não é!? - Amy é desse tipo de garota, até teria medo dela se ela não fosse filha de uma das clientes do meu pai.
Ela me olhou com cara de tédio.
- O que?
-Você é muito idiota sabia? -Disse ela cruzando os braços. - Vai me deixar contar ou não?
-Claro. Sou todo ouvidos. - Ok, nem tanto, porque o Professor Denn estava indo pegar seu computador na sala dos professores. E eu tinha que ver os "bolsos" da calça dele. De uma maneira heterossexual claro.
- O que acha se eu der uma festa hoje?- Ela estava com um olhar de que qualquer resposta não alteraria a sua decisão, a não ser que dependendo da minha, eu PODERIA ou não comparecer.
-Ótimo. - Disse. -Estava querendo encher a cara mesmo. E depois cantar alguns clássicos da Broadway, estou pensando em Don't Rain on my parade, ou cantar Yesterday.
-Não esse tipo de festa. - Disse ela com um olhar um pouco assustador. -Uma festa do tipo, eu , você, Carlos, Jenna, o garoto novo, e se você quiser pode convidar alguém, tipo a Joyce, eu disse que ela poderia ir. - Não poderia negar. Amy acha que isso é um encontro. DROGA.
-Jenna já concordou? - Ela estava vindo de seu armário, com um livro de geografia nos braços.
-Ainda não, mas ela vai adorar. Vai anima-lá. - Isso terminou de me convencer, não que eu precisasse ser convencido, mas a parte de convidar Anthony não me agradou, porém qualquer minuto que eu pudesse estar longe do meu pai, era um alívio.
E parece que quando você pensa no diabo... ele aparece.
-Tenho que atender. - O celular vibrava fortemente no meu bolso. E pelo horário só ele poderia me ligar.

-O que? - atendi.
- Como esta? - Perguntou ele.
-É. Pai, tem uma festa na casa da Amy hoje, posso dormir lá? - Não ia dormir lá, mas ele precisava pensar que eu ia, assim ele não me esperaria para falar do jogo de football.
-Claro. Acho que tem algo, entre você e essa Amy... hahahaha. -Idiota.
-Há há. - Desliguei.

Como ele não percebe?
...

Boys n GirlsOnde histórias criam vida. Descubra agora