Capítulo 5

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No capítulo anterior...

- ...Eu não quero me casar. - contestei

- Você não tem querer - deu de ombros e jogou uma perna em cima da outra, olhando para a janela.

- Vai dizer "sim" por mim na hora do casamento?- perguntei.

- Vai querer morrer? - ele pergunta calmamente e eu me lembro do que Mercedes disse.

"Ele já matou duas prostitutas"

Engulo em seco.

- Foi o que eu pensei. Agora coloque esse anel e finja ser uma noiva feliz - tirou uma caixinha do bolso e pegou um anel de dentro dela.

Bufei.

Eu podia conviver com isso.
Por incrível que pareça, aquilo poderia ser melhor do que ser usada todas as noites.

- Me dá isso aí. - tomei o anel prata com uma pequena esmeralda e coloquei no meu dedo. - Feliz agora?

Ele admirou o anel em minha mão como se estivesse satisfeito. Talvez realmente feliz...

- Ótimo. Consegui o que eu queria. Agora, como você sugeriu, vou comer a Tracey já que ela é bem gostosinha. - levantou da cadeira.

Revirei os olhos.

- Boa sorte.

Ele riu.

- Para quê sorte quando se tem isso aqui? - apertou o meio de suas pernas.

Parecia ser grande...

Desviei o olhar e olhei através da janela.

- Eu quero comer. - declarei e olhei para ele ainda com a mão no seu amigo - Comida - especifiquei.

Vai que ele pensa que eu quero ele.
Deus me livre. O que ele tem de bonito tem de ruim.

- Você tem boca e pernas, não tem? Levante-se e vá procurar o que comer. Trayce estará ocupada.

Abri minha boca para retrucar, totalmente enfurecida, mas ele já tinha virado as costas para mim e entrado na cabine.

Cruzei os braços, frustrada, e mordi a manga da minha blusa de frio para conter a raiva.

Ele que se divertisse com ela. Eu poderia me virar sozinha.

Sempre foi assim mesmo.

>>>>Capítulo 5<<<<

O tempo passa.

Depois que Ethan saiu, eu cruzei os braços e me recusei a sair daquela cadeira.

Eu não iria sair por aí procurando comida e correr o perigo de encontrar com ele e a Tracy se pegando.

Sinto nojo só de pensar.

Fecho os olhos e tento relaxar.

Eu não estou com fome mesmo.

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°

Abro a porta da cabine e procuro alguma coisa que sirva para matar a fome.

Comida. Comida. Comida.

Encontro um armário e, totalmente aliviada, pego uma pacotinho de amendoim.

- Hum - gemo ao conseguir comer.

A quanto tempo que eu não como? Anos? Talvez décadas? O amendoim tem até um gosto diferente. Não que seja a melhor comida do mundo, se é que posso chamar de comida, mas...

Prostituta Por Obrigação - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora