Capítulo 33

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Espero que gosteeem.

Amo vocês kkk

P.S.: NÃO ESTÁ REVISADO.


Elle Martins

Abro os olhos pela manhã.

São quase 25 anos de vida e em nenhum dia eu acordei me sentindo tão bem.

Sorrio, fecho os olhos e as lágrimas brotam em meu rosto.

 Saber que aqueles monstros foram presos, me fazem sentir que estou revigorada, com uma paz interior.

Isso tudo graças à Ethan.

Respiro fundo.

Agora que tudo acabou, eu posso começar a viver minha própria vida, procurar um emprego, fazer faculdade, cuidar do meu bebê, me separar de Ethan... 

Sinto uma pontada no meu coração.

Eu ainda o amo. E como amo. Mas não sei se sou capaz de fingir que tantas mentirar não existiram. Foi de uma vida inteira de sofrimento que ele poderia ter me poupado.

Sento na cama, tentando não pensar nisso. Vou me separar dele e fim. A dor um dia vai passar.

Eu espero.


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Caminho pelo corredor, em direção às escadas, mas me detenho ao ver uma das portas entreaberta. 

Ouço soluços abafados.

Vivian.

Entro silenciosamente, sem querer incomodá-la e a assisto passar a mão em uma foto.

É o quarto dela.

Olho ao redor, e vejo malas por todo canto.

O que está acontecendo?

- Vivian? - a chamo.

Ela limpa as lágrimas rapidamente, e sorri para mim.

- Olá, filha. O que aconteceu? Acordou cedo...

Me aproximo dela e a abraço.

- Por que está chorando? - pergunto em forma de sussurro.

- Foi um grãozinho de poeira que caiu. Mas já tirei. - ela fala, dando palminhas nas minhas costas. Então me afasto, segurando suas mãos e olho nos seus olhos.

- Por que essas malas? Vai viajar? 

Ela dá um meio sorriso e baixa a cabeça.

- Não era para ninguém ver isso. Odeio despedidas - sussurrou.

- O quê? - perguntei sem entender o que ela quis dizer com isso. 

- Sabe... Eu já estou aqui há mais de 25 anos... O Ethan finalmente concluiu a missão dele e agora ele tem você. Está na hora de deixar ele voar sozinho. Está claro que vocês dois não precisam mais de mim. Chegou a hora de ir embora.

- O quê? Como assim? Ficou louca? Embora? Embora para onde, Vivian? Seu lugar é aqui. - me desesperei. 

Ela não podia estar falando sério.

- Eu já concluí o meu trabalho nessa casa. É o fim.

- Não - balancei a cabeça - Não, não, não e não. - comecei a andar de um lado para outro, o coração doendo.

Minha felicidade realmente dura pouco.

- Isso só pode ser um pesadelo - continuei - Isso não pode estar... - parei de falar ao ver uma foto no chão.

Eu já tinha visto aquela mulher da foto.

A peguei no chão e a analisei, tentando me recordar o lugar que já a vi.

Biblioteca. 

Isso. O quadro na biblioteca. É a mesma mulher.

E de repente, outra lembrança vem em minha mente.

" Você tem alguma foto da sua mãe? - perguntei à Ethan.

- Tenho um quadro na minha biblioteca que o meu pai mandou pintar e uma foto velha que mal dá para ver seu rosto..."

Olhei para Viviam e a encarei, depois olhei para a foto e depois para Vivian.

A mulher da foto estava com os cabelos negros e olhos verdes. Não era a Vivian, mas...


" - Há quanto tempo trabalha aqui? - perguntei à Vivian.

- Nossa! Há tanto tempo. O Ethan ainda era uma criancinha. Ele tinha uns 4 anos.

Eu ri.

- Então é por isso que você consegue aguentar ele - comentei e ela falou:

Ele é como se fosse um filho para mim."


Filho.


" - Você não tem filhos? - perguntei para ela.

- Já tive. Mas o pai dele o tomou de mim. Acho que, se ele ainda estiver vivo, mal sabe que eu existo. Até deve chamar outra de mãe."


Já tive.

- Você... É você nessa foto, não é? - olhei para ela e perguntei, mesmo já sabendo a resposta.

Ela hesitou um pouco, mas logo suspirou e anuiu.

- Sim. Sou eu.

- Ele sabe?

Ela negou.

- Ethan nunca entenderia. Por isso eu vou embora. É melhor para todo mundo. - ela sentou na cama.

Soltei o ar pela boca e coloquei as mãos na cintura.

- Caramba - sorri - Estou me sentindo uma agente da FBI.

Ela riu.

- Eu estou completamente diferente nessa foto. Como me reconheceu? 

- O olhar - falei - Seu olhar é completamente materno. Eu reconheceria ele em qualquer lugar.

Ela sorriu e suspirou.

- Nem meu próprio marido me reconheceu- comentou.

Sentei ao lado dela.

- Como assim? 

- Bem... Acho que você já sabe da história do Ethan. Resumidamente, o pai dele queria ele na FBI, eu não aceitei, o pai dele me ameaçou, ameaçou o Ethan e eu tive que ir embora. Depois de uns anos voltei com o cabelo pintado, lentes de contato, algumas cirurgias plásticas e ele não me reconheceu. Simplesmente acreditou ou fingiu acreditar que eu era outra pessoa. Eu então fingi ser a Vivian, a babá do Ethan. Tudo para ficar mais perto do meu filho, e cá estou.

- E depois de tudo isso você quer ir embora? Vai desistir de tudo? 

- Que escolha eu tenho? Prefiro ir embora, sabendo que tenho o amor de Ethan, do que ir embora sabendo que ele me odeia.

- Eu não te odeio - Ethan entrou no quarto, com as mãos no bolso e os olhos cheios de lágrimas. - Eu te amo, mãe.


Prostituta Por Obrigação - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora