Capítulo 25 (Parte 1)

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Elle Martins

- Quando eu era criança, eu...

- Com licença - uma enfermeira fala ao entrar no quarto.

Fecho os olhos, totalmente frustrada.

É sério isso?

Ela se aproxima e me mostra um termometro.

- Posso medir sua temperatura?

Demoro um pouco para entender, mas assinto e levanto o braço.

Enquanto o termômetro marca minha temperatura, eu respondo algumas perguntas que ela me faz.

- Está sentindo ou sentiu alguma dor ou descoforto?

- Não.

Depois de outras perguntas básicas, o termômetro apitou.

37,5 C°

- Hm... Um pouco febril. Mas a gente resolve isso rapidinho - sorri e se afasta.

Momentos depois, ela aplica - com a seringa -  algum remédio na embalagem do soro.

- É para prevenir a febre - sorri enquanto eu olho para ela - Prontinho.

- Obrigada - sorrio e olho para Ethan.

Eu não acredito nisso. - penso comigo mesma.

Ele não está mais ali. Isso só pode ser brincadeira.

- Você viu o... meu marido? Ele estava aqui agorinha.

- Nossa. Nem notei que ele saiu. - ela responde um pouco surpresa. - Rápido ele - ri.

Droga. Eu estava quase descobrindo tudo...

- Caso sinta alguma coisa, é só chamar. Estamos aqui à sua disposição.

- Certo - soltei um meio sorriso.

- Com licença. - me encarou por um momento e saiu.

- Agora somos só eu e você, meu quartinho. - comentei irônica.

Ethan me paga. Filho da mãe.

- Espero que ele vá para o infer...

- Oláa - uma mulher sorridente, de cabelos ruivos surgiu à minha frente.

Não consegui conter o sorriso.

- Viviam! - comemorei.

- Vim te visitar! Queria saber como você estava. O Ethan só fica falando que está tudo bem e Blá blá blá. Tenho que ver a minha norinha com meus próprios olhos - sorriu e se sentou em um cadeira ao meu lado.

Franzi o cenho, estranhando o "norinha", mas logo me dei conta que ela trata Ethan como se fosse um filho

- E então? Como está se sentindo?

- Já perdi a conta de quantas vezes já respondi essa mesma pergunta - ri e ela me acompanhou.

- Pelo que vi, você está se sentindo bem.

- Melhor que nunca.

- Pronta para outra? - perguntou piscando.

- Não  - ri - Quero distância de hospitais pelos próximos 10 anos.

Ela riu.

- Você vai estar de volta antes mesmo de 9 meses - piscou mais uma vez e eu a olhei sem entender.

Nove mes...
Hein?

Comecei a rir.

- Eu não estou grávida, Viviam. Tira isso da cabeça. Só passei mal. Nada de mais.

Prostituta Por Obrigação - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora