- Ainda bem que não pedi mais brigadeiros. - Paola disse rindo.
- Aqueles dois estão demorando demais... - Jorge comentou preocupado.
- Ah cara, tu acha mesmo que eles foram pegar brigadeiros? - Diego perguntou encostando a mão no ombro do amigo.
- Catarina e Pedro juntos só acontece uma coisa! - Daniel comentou malicioso.
- Muita agarração e sem vergonhice. - Paulo completou o amigo.
- Gente, vamos mudar de assunto. - Paola alertou ao ver Catarina saindo do lobby do prédio e indo em direção a eles. - Ela está vindo!
- Cara, e esse fichamemto do texto do Barroso para amanhã? - Daniel era um verdadeiro ator.
- Oi gente, do que vocês estão falando? - Catarina adentrou na roda de conversa tentando abrir espaço entre Jorge e Daniel.
- Sobre o fichamento de constitucional, já fez? - Paulo entrou no clima, mas não conseguiu se manter sério por muito tempo.
Até Pedro aparecer interrompendo a conversa.
- Ai cara, você me leva em casa? - Pedro se dirigia a Jorge.
- Claro! Viemos juntos, voltamos juntos.
Catarina estava nervosa com a presença de Pedro ali. Parecia uma adolescente boba ao beijar pela primeira vez a boca do garoto que está afim. Não, não fora a primeira vez, mas será se estava gostando mesmo dele? Havia sido perfeito minutos antes. Para ela. Mas e para ele?
- Ih, se o irmão de Jorge não dormisse no mesmo quarto... Sei não hein... - Catarina fez o comentário irônico e todos riram.
- Está com ciúmes? - Jorge perguntou sério.
Na verdade, a única pessoa com ciumes ali era ele, ele sentia ciúmes da relação próxima e verdadeira entre Pedro e Catarina. Ele contava coisas a garota que Jorge nunca soube, talvez soubesse em partes, mas saber que ele confiava mais em Catarina fez com que uma raiva pela garota fosse criada.
Não houve resposta, pois Andréa gritou da varanda do quarto andar:
- Tem um telefone tocando aqui há um tempão! - Ela segurava uma bolsa azul. - De quem é a bolsa?
- É minha, tia! - Catarina se pronunciou. - Estou subindo!
Os amigos se entreolharam e perceberam que talvez o casal nem tenha chegado ao terceiro andar. Então, concluíram as hipóteses.
Catarina subiu os lances de escada rapidamente, afim de não lembrar o que tinha acontecido naquele mesmo local minutos antes. Ao adentrar o apartamento mais uma vez pegou seu celular e viu sete ligações da mãe. Imediatamente retornou.
- Mãe, o que houve? - Ela estava preocupada.
- Filha, tem como você ir pra casa? - Era uma sexta-feira e sua mãe não estava na cidade mais uma vez.
- Aconteceu algo com meus avós? - Ela se desesperou.
- Espero que nada grave, mas tua avó torceu o tornozelo mais uma vez!
Droga! - Catarina pensou. Era de praxe a avó fazer isso. Ela era nova, mas arteira e parecia não ligar para as fraquezas dos ossos, mesmo se preocupando em tomar vários remédios.
- Estou indo mãe! - Catarina cassou a chave do carro dentro da bolsa e direcionou-se a sala onde estavam os parentes das amigas. - Tia, preciso ir. - Ela disse se posicionando para abraçar a mulher.
- Mas já? - Andréa não se conformou. - Esta cedo! Amanhã é sábado.
- Queria muito ficar, mas a minha avó caiu e estou só eu de motorista! - Ela se desculpava.
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Imprevisíveis
RomanceQuando tudo parece que vai dar certo uma última gota de água cai no balde e o faz transbordar. Estao bem num dia, no outro já se odeiam. Juram ódio eterno, mas morrem de medo de perder um ao outro. Eles se completam. Mas se atrapalham. Eles não v...