Já esvaiu-se o brilho
Até mesmo dos meus olhos
Enxergo plena a escuridão
E assim sinto-me cegoMeus passos incertos
Seguem,
Não se sabe
Em que direção
A cada respiração
Desfalecem-se castelos de cartasConchas ocas
Ponho aos ouvidos
Supondo os sons do oceano
E não ouço nadaBarcos de papel
Navegam até
Estar despedaçados
Náufragos afogados
Tentam desesperados
Fazer botes de machéO Mar,
De desilusões,
Fez-se deserto