Eu observo todas as coisas
E todas me parecem ilusórias
E me pergunto
Se o mundo
inteiro não seria mesmo irreal
E aquilo que me cerca, apenas imaginação
E se nao seria eu mesma fruto da imaginação...
De quem?
Tudo me parece um belo punhado de nada
Sei que estrelas cadentes não existem...
Pedregulhos incandescentes
Chamados meteoros
E o brilho das estrelas
As vezes
Vem de astros mortos
Singularidade
É um ponto muito pesado
Eu sou poeira
Pequena e volátil
Há muitos buracos negros...
Mas nenhum céu
(Do que estou falando?)
O vazio está dentro de mim também
Está dentro de mim principalmente
Nem Deus,
Nenhum deus
Foi capaz de me trazer felicidade
De onde vem a tristeza
Constante que me segue?
Eu não sei
Eu não sei ó
Porquê de minha alma ser
Tão dolorida
"Do pó eu vim
Ao pó retornarei"
Eis a certeza da vida
