5. Super Motel

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Estou de caminho para o motel que a Erika me disse. Ela diz que não é bom, mas razoável para uma noite. O problema é que eu preferia passar aqui a vida e não uma noite.

Porque a minha vida teve de ser assim?

Entro no edifício, pequeno.

-Bom Noite em que posso ajudá-la? – Pergunta-me uma mulher nada fiável e confiante. Tem cabelo vermelho e um sorriso bastante amarelo. Quando me vê arregala os olhos. Eu sei que estou num mau estado.

-Quero um quarto! – Resmungo, não estou com paciência para aturar falsos.

-Simpatia, era bom numa mulher como você – Ela sussurra, enquanto mexe no computador, pensando que eu não ouço mas eu ouço.

-Eu ouvi! – Digo batendo com a mão na banca da receção, a mulher salta, engole em seco e desvia novamente o olhar para o computador.

-Aqui tem! Quarto oito. – Diz entregando-me a chave. Deito-a ao chão.

Oito o caralho!

-Não quero o quarto oito! – Grito. A mulher arregala os olhos.

-Ma-mas é o único quarto disponível! – Ela explica.

-Não quero saber! Não quero o quarto oito!

-Acalme-se! Vou falar com o gerente.

Ela diz pegando no telefone.

Sento-me numa das cadeiras que se encontra no espaço.

Pego numa revista.

E o que diz na capa é absurdo!

'Abriu novo 'Money' em Geórgia! Mais Baby Money? As pessoas já não estarão fartas delas? Leia as páginas 25 á 28 para ver as opiniões do mundo.'

Que puta de merda é esta?

Atiro a revista para o chão, calcando-a. Pego nela e rasgo-a em dois pedaços.

-Acho que era melhor você ter calma! – Avisa a mulher de vermelho.

-Ninguém me diz para ter calma! – Levanto-me, fazendo um olhar de morte para a mulher.

Eu sei que parecia ser calma, mas eu sou exatamente o contrário, quando não estou em mim, eu sou a pessoa que não quero revelar...sou a minha outra metade. Metade obscura.

-Não há mais quartos, desculpe! – Lamenta-se.

-Puta de merda de motel! Vá se foder! – Digo saindo do motel.

Onde vou ficar?

Onde?

Não sei. Nem mereço saber. A única coisa que mereço é ter uma morte dolorosa.

Vejo que um carro preto está andar devagar. Paro olhando para trás e este para. Não consigo ver ninguém, pois está de noite e os vidros do carro são pretos.

Continuo andar e vejo que o carro avança, como eu. Está-me a irritar!

-O que foi? – Viro-me levantando os braços. Gente estupida.

-Calma Emma. – Ouço alguém a dizer. Conheço esta voz. Oitavo?

Viro-me, sim é ele! Como me reconheceu? Cabrao!

Dou lhe as costas e continuo o meu caminho.

-Ei! Ei! Ninguém me vira as costas! – Ele grita.

-Virei eu! – Gozo.

O carro avança, parando á minha frente, em cima do passeio. Que merda é esta?

-Entre! – Ordena-me.

Eu não obedeço.

-Emma! Tu ouviste-me! Não piores as coisas! – Ele grita.

-Uuuu! Que medo!

Passo pela frente do carro e continuo. Ouço alguém a correr. Sou automaticamente puxada pelo braço.

-Emma! O que se passa contigo? Não me ouviste! – Tantas perguntas para uma simples resposta. A minha vida é uma merda!

-Anda!– Ele diz, arrastando-me até ao seu carro.

Entro para trás com ele, mas quem vai conduzir?

-Jim, tu conduzes! – Ele diz ao motorista, presumo eu.


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HI!!!!!!!!!!!!!!!!! COGUMELOS!

Alguém vai passar férias em Portimão? Quem for pode me dizer nos comentário ou em privado, gostava de conhecer as minhas leitoras e leitores. *---*

$Money$ |H.S.| PTOnde histórias criam vida. Descubra agora