51. Harry.

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- Estás a falar de uma maneira estranha, comigo tudo bem. O Harry está aqui, nos Estados Unidos! O pai dele veio aqui falar com o patrão e eu ouvi-o a dizer que o Harry estava aqui, num quarto preso, e que vais ficar sem comer durante uma semana, porque eles querem castiga-lo. E depois mata-lo, se ele não se comportar.

Uma seta foi espetada no meu coração, as minhas pernas estavam sem força.

- Emma?

- Erika, eu estou metida nas drogas, para ganhar passaporte para ai, não tenho dinheiro que chegue, por isso, o que poderei fazer é prostituir-me para ganhar dinheiro para os documentos e drogas.

- Emma, tu andas nas drogas como?

- Longa historia. – Comecei a chorar – Mas eu vou tentar ir para ai o mais rápido possível, por favor, se conseguires ajudar o Harry, agradecia, eu ligo-te uma vez por semana se conseguir para me manteres em contacto.

- Erika, anda caralho! – Ouvi alguém a chamar por ela. – Eu tenho de ir, Emma. Beijos, cuidado, por favor!

Entreguei o telemóvel ao Rockie e chorei.

- O meu broche.

Estava tudo preto, sem vida, o labirinto do sofrimento, era maior do que eu pensava. Estava tudo perdido, não existe saída.

Passado dois meses...

- Emma, a tua missão de hoje, é roubar a erva do Snoop.

Ele deu-me as coordenadas, o plano e imagens do que eu tinha de roubar.

A casa do Snoop, era um hotel abandonado. Não tinha vida. Entrei pela porta principal.

- Quem és tu, sua cabra? – Aparece um bando de homens armados.

- Desculpem, eu sou uma turista, disseram-me que este hotel teve muita história aqui, eu só decidi entrar para visitar.

- Aqui não existe história de nada, nem ninguém, vaza daqui! – O rapaz aponta-me a pistola á testa.

- Mas não existe possibilidade de dar uma pequena visita? – Coloco a mão na minha pistola, que estava no bolso de trás das minhas calças.

- Não! Sai ou eu atiro!

- Ok, desculpa! – Sai do edifício, aquilo foi só para os distrair, e rodeio-o, entro pelas traseiras. Tiro o plano do hotel da mochila e observo que tenho e ir para o quarto do segundo andar, tenho de subir vinte escadas e virar á direita.

Assim o faço, subo as vinte escadas com calma e sem barulhos, viro á direita e vejo um quarto com uma porta de ouro.

- Ouro? – Eu quase gritei.

A porta estava trancada.

- Boa! – Vi as ferramentas que tinha na mochila. Nada servia.

Tirei dois travessões do meu cabelo e fiz uma cena qualquer na fechadura que tinha aprendido numa serie, mas operação sem sucesso.

- Vai ter de ser á bruta! E eles vão ouvir. – Tirei um mini taco que tinha na minha mochila, bati com ele no ouro da maçaneta e arrebentei-a.

- O que foi isto? Quem está ai? – Uma voz masculina gritou, ouvi que subiam as escadas.

Entrei rapidamente na sala, e fechei a porta. Liguei a luz, e não queria acreditar no que estava a ver.

Uma sala a transbordar de erva, todos os tipos, cores, cheiros, texturas...

- Oh meu deus! – Disse eu num modo inaudível.

Coloquei o máximo de erva que consegui na mochila, um pouco de todos os tipos, tinha prateleiras a dizer os seus nomes, o que continham, quantidades, estava tudo muito organizado, por isso tentei não desarrumar nada, para sair em grande daqui.

Já tenho um plano, para sair daqui inocente.

Espreitei pela porta, para ver se via alguém, mas nada. Sai da sala, tentei colocar a maçaneta mais o menos bem.

- Tu, outra vez! Caralho, miúda! O que fizeste? Levas já um tiro.

Eu viro-me para trás e vejo um gangue armado. Comecei a saltar com uma cara de felicidade.

Eles estavam perplexos com a minha reação.

 - Eu estava tão excitada com esta casa, que arranjei outra maneira de entrar, que parece não ter sido muito discreta, desculpem! Mas esta casa é maravilhosa! Tu – Apontei para um rapaz com bastantes tatuagens e de pele morena, cabelo rapado e sério. – Eu acho-te muito parecido com um modelo, quantas tatuagens tens no corpo? – Eu perguntei e eles começaram-se a rir.

- Isto é para rir e virou programa de perguntas?

- Tenho cinquenta e oito.

- És muito parecido com ele, posso tirar uma selfie com vocês? Essas armas dão um ar mais dangerous, adoro! Sois um máximo, e obrigada por não me matarem, eu só gosto deste hotel pela história traumatizante!

Tirei o telemóvel do bolso, e tirei uma selfie com eles, que pareciam uns chocados olhar para mim. Mas este teatro e sempre fundamental.

- És mesmo doidinha! Agora vai-te embora! – Eu desci as escadas, sempre a sorrir-lhes, eles acompanharam-me.

- Obrigada, amiguinhos! – Acenei e sai da casa.

Eu sou definitivamente anormal, mas valeu a pena, por uma boa causa. 

$Money$ |H.S.| PTOnde histórias criam vida. Descubra agora