31. H.

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Eu acordei primeiro que ela, ela respirava profundamente, sentia que ela estava bem, confortada e relaxada. Eu acho que ela sabia que estava em casa.

Dei meia volta e fui a cozinha fazer o pequeno-almoço, mas no caminho até lá, encontrei garrafas de vodka no chão, cinco garrafas, e em cima da mesa da cozinha estava um corpo nu deitado.

Que puta de raiva!

- Sua puta! – Gritei, bastante irritado com esta mulher. Ela chegou aqui e era uma puta de uma santa, agora esta aqui como uma mulher de 40 anos quando tem só 19 e uma puta autêntica.

Ela cai da mesa e levanta-se lentamente colocando a mão na testa, ela deve estar com uma dor terrível de cabeça.

- Ai a minha cabeça, foda-se! – Ela reclama.

- Sai daqui já! – Gritei.

- Calma, querido! Fala baixinho, filho, eu vou para a cama.

- Tu vais o que?! Sai da minha casa já!

- Desculpa!? Lembraste...eu sou tua mulher!

- Tu não és nada nem ninguém sai! – Ordenei mais uma vez, eu estou-ma descontrolar, o desejo de lhe espancar e muito, mas tenho de me conter.

Deitei as garrafas no lixo.

- Eu não tenho lugar para ir, Harry! – Ela começa a chorar. Ai meu deus! Vou morrer se continuar com esta puta.

- Arranja-te, sai! Agora! – Ordenei, ela vestiu-se e saiu pela porta.

Apoiei os braços na mesa e respirei fundo.

- Harry, acalma-te, vamos fazer um pequeno-almoço muito bom para a Emma do teu coração.

Voltei para a cama, eu ouvi tudo e fiquei com um peso no corpo, ela tem apenas 19 anos, não tem mais ninguém a não ser o que o Harry lhe oferece.

Mas a vida não é justa, é difícil. É um jogo que só é engraçado porque um dia ele termina de qualquer forma ele termina, sem remorso, sem magoa, sem problemas de magoar alguém. Termina.

Enquanto, estamos vivos temos medo de magoar alguém ou nós próprios, mas a dor precisa de ser sentida, nós precisamos de sentir dor para nos prepararmos para tudo, a vida não sente dor, ela faz a dor. Não podemos ter medo de magoar, quando somos magoados e atormentados por todos e pela vida, só precisamos de ser fortes e continuar.

Eu vou continuar só preciso de alguém que me apoie e segure para quando eu desistir, para quando eu disser 'eu não consigo mais' e essa pessoa repreende-me dizendo que esta comigo nesta jornada. Essa pessoa é o Harry, eu quero que seja ele que me levante, que me magoe para me tornar forte como eu era.

Voltei para a cama. Quero ser surpreendida por ele de algum modo.

- Aqui está um pequeno-almoço feito por Harry Styles, mais conhecido por Oitavo só por uma pessoa intima, Emma Winters! Chama-se Oitavozinho. – Eu ri. Eu acho que não me ria a muito tempo.

Ele parecia feliz, mas sabia que alguma coisa o estava a preocupar. Comi o meu 'Oitavozinho' e ia pensando neste silêncio perturbador.

- Então, onde está a Savannah?

- Ahmm, ela estava a perturbar então mandei-a embora.

- Ela podia ficar, ela não esta bem, precisa de ajuda.

Ele olha-me fixamente como se disse alguma coisa genial.

- Onde esta a Emma? – Ele pergunta, quase enterrando-se nos meus olhos.

- A Emma, não está aqui á bastante tempo. – Disse quase num murmúrio mas sei que ele ouviu.

- Queres-me contar o que se passou la? – Ele disse encarando as pernas.

Eu não estava preparada mas eu tenho de o fazer...

- Eu estive aquele tempo todo metida num quarto, onde só havia uma simples cama e uma criatura deitada nela que só pensava que o Harry a iria salvar, quando ela teve de ganhar forças quando não as tinha e salva-la a ela e as que estavam lá como ela que eram bastantes. Eu vivi no escuro durante meses, sempre a tentar descobrir uma luz, mesmo que fosse no canto mais escuro daquele cubículo onde o monstro a violava todos os dias, todos os dias escuros, não havia sanidade, nem amor, nem verdade, realidade, só eu, o escuro e uma cama que estava a transbordar de abuso. A Emma frágil formou-se lá no escuro, fazendo desaparecer a pessoa que toda a gente conheceu. Mas eu quero encontrar a velha Emma, a corajosa, destemida...

Eu quero-me de volta. – Eu deixava as lágrimas soltarem-se, assim como eu, livre. Senti que o Harry estava tocado e chocado. Ele só não chora porque é reservado e não mostra os sentimentos.

- Eu lamento, Emma. Eu nunca te quis causar isso, eu se pudesse ter-te-ia salvado e foste muito forte em conseguires fazer isso, não só contigo, mas em muitas como tu.

- Eu não sabia se devia-te odiar ou amar. Eu tenho sentimentos por ti Harry, acho que vou deixar de lutar contra ti, contra o meu sentimento que é forte, tu tornas-te te importante, não só para mim mas também para a minha vida. Quero que me ajudes a encontrar a Emma, e que me levantes quando eu disser que quero desistir, eu quero-te na minha vida, porque eu amo-te. – Agarrei fortemente no seu rosto e beijei os seus lábios, finos, rosados, frios e macios. Que nostalgia, deste toque. Eu chorava pela saudade de o sentir comigo e de eu me sentir segura. Separamo-nos e eu contornei o seu rosto, ele fechou os olhos em sinal de apreciação. Ele sentia falta, necessidade. Fico contente com isso.

- Eu gostava de te dizer 'amo-te', mas eu não sei o que é amar.

- Queres saber o que é? Nem eu sei. Mas vamos descobrir juntos. Eu considero isto amar.

Estimulei o seu corpo com as minhas mãos, ele estava tenso, mas logo ficou relaxado com o meu toque que começou pelos ombros, olhei-o nos olhos e encostei os meus lábios nos dele, afastando rapidamente, abracei-o e beijei-o.

- Se eu te voltar a perder, eu também me irei perder.


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Desculpem a demora! DESCULPEM! Mas espero que gostem deste capitul e que estejam a gostar da fanfiction! 

OBRIGADA POR TUDO!!

$Money$ |H.S.| PTOnde histórias criam vida. Descubra agora