1. Baby Money

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-Ohhhh! – Cheguei ao orgasmo pela décima terceira vez, esta noite. Este é o meu sétimo cliente, hoje o Money está cheio e isso é uma coisa boa.

-Oh cristo! – Diz o cliente número sete. O meu número 7. Número da sorte, presumo eu.

-Bem hoje fez um bom trabalho e como recompensa terás o dobro das notas que tiveste ontem. – Ele dizendo aquilo faz-me sorrir como uma louca.

Sem dúvida que é o número da sorte.

Ele entrega-me o molho de notas, que eu saboreei-o com os meus próprios olhos.

-Obrigada! – Digo e abraço-o.

-Ei! Nada de abraços! – Ele resmunga.

Eu largo-o. Caminho pelo quarto á procura das minhas roupas, enquanto ele se veste.

Ao apanhar a minha saia, sinto uma palmada no meu rabo, tento não gritar, mas o ardor invade a minha nádega.

-Belo rabo! Amanha és minha novamente! – Ele ri, pisca-me o olho e sai do quarto fechando a porta.

Sento-me na cama para vestir os collants.

Deslizo o tecido suave pelas minhas pernas depiladas.

-Emma! Emma! – Chamam-me. A porta abre-se revelando a Erika.

-Emma! Despacha-te! Está ali um cliente impaciente para te foder! – Ela grita e fecha a porta com tanta força que eu estremeço. Ela é muito atrapalhada, mas boa amiga. Conheço-a desde sempre, bem desde que me lembro. Ela é a minha conselheira, a minha amiga e uma mãe que nunca tive.

Calço os meus sapatos vermelhos de salto alto e caminho pelo corredor onde se encontram os quartos. São conhecidos/chamados por 'Quartos Do Prazer Incondicional' ou 'Os Quartos De Foder'.

Quando entro na sala, vejo baby money (são as que trabalham no Money) a esfregarem-se nos homens casados, solteiros, divorciados, viúvos...aqui há de tudo.

Eu caminho pela longa sala á espera que alguém me chame. Todos olham para mim...mas nenhum me quer.

Sento-me no sofá mais profundo desta sala. Eu nunca quis esta vida e espero que esta vida toda seja um sonho ao qual terei de acordar um dia.

Encosto a minha cabeça, nas costas do sofá, e fecho os olhos.

-Aquela! Aquela ali ao canto! – Abro os olhos e vejo o homem apontar para mim. Mais uma ronda. Levanto-me.

-Emma! Quarto 7! – Grita a Angela.

Caminho até aos dois homens.

-Miúda, ouve bem! Tu vais dar a melhor noite ao meu filho! Ouviste? – Avisa-me um homem com cabelo castanho e com bastante gel.

-Claro! – Sorri.

-Filho, aqui tem! – Ele diz ao rapaz que se encontrava ao seu lado. Ele é alto, tem cabelo castanho e lábios rosa.

Ele sorri-me. Contribuo.

-Fode-a bem! – Diz-lhe o pai e dá-lhe duas palmadas no ombro. Ele acena e sorri.

Sinto-me como se fosse o brinquedo deste rapaz, mas é o meu trabalho ser o brinquedo de prazer destes homens.

-Vens ou não, caralho? – Ele grita.

-Sim! – Digo, pegando-lhe na mão e guiando-o para o quarto 7, o quarto mais recheado de coisas sexuais. Eu nunca fui para lá com um cliente e tenho medo.

-Espera um pouco! – Digo ao meu oitavo cliente.

-Não demores, já estou a ficar com tesão só de te ver com essa saia mini! – Ele diz com um sorriso matreiro.

Viro-me e reviro os olhos, caminho até á Angela, ela trata dos quartos. Ela sempre me odiou, porque eu fui escolhida para dar prazer aos clientes e ela não, ela é uma simples mulher de dar quartos às baby money.

-Angela! – Chamo-a.

-O que queres parva? – Ela vem até mim.

-Tens a certeza que o quarto 7 é para mim? – Pergunto sem rodeios, ela não pode perceber que eu tenho medo de lá ir.



Já perceberam o que é Baby Money? Eu inventei, se não perceberem digam-me, eu explico.


$Money$ |H.S.| PTOnde histórias criam vida. Descubra agora