A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em perigo um jovem no centro de um crescente movimento religioso. Mas Daryl se junta para cumprir seu trabalho de mensageiro.
Com o passar dos m...
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*•••[75 ─── O mundo depois do túnel]•••*
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╰┈➤ O silêncio pesava quando eles enfim emergiram.
Foram nove horas sufocantes ─── 50 Km ───, caminhando no escuro do túnel.
O cheiro podre do guano estava colado nas narinas do casal. A sensação de que cada passo poderia ser o último. O túnel parecia infinito, um inferno fechado em pedra e escuridão.
Daryl e Alexia ficaram todas as horas num mar de proteção um com o outro. Após a angústia ─── O sofrimento ───, o casal dobrou a atenção.
Agora, ao sair, o ar frio da manhã bateu no rosto deles. Não havia mais o fedor sufocante, apenas o cheiro úmido da grama e da terra aberta.
Estavam em terra Inglesa. Estavam na Inglaterra.
Alexia puxou a máscara do rosto com mãos trêmulas, respirando fundo como se fosse a primeira vez em dias. Seus olhos estavam vermelhos, cansados, o corpo todo pedindo por descanso.
Daryl tirou a máscara logo depois. Jogou a máscara para dentro da mochila, a fechou, e ajeitou a besta no ombro. O gesto era automático, instintivo, como se fosse extensão dele.
─── Porra... finalmente. ─── Alexia murmurou, arfando, o seu cabelo castanho grudado no rosto pelo suor.
Daryl olhou para ela, sério, mas havia um brilho de cuidado no olhar.
─── Vamo andar mais um pouco. Não dá pra parar aqui.
Alexia suspirou, balançando a cabeça. O corpo inteiro dela gritava contra cada passo.
─── Você fala isso como se eu tivesse energia sobrando, amor.
Daryl ajeitou a alça da mochila dela sem dizer nada. O toque firme, discreto, dizia tudo o que ele não conseguia colocar em palavras.
O campo diante deles se estendia até perder de vista. Planícies enormes, pouco elevadas, mas intermináveis. Não havia nada além de grama batida pelo vento e um horizonte que parecia zombar da resistência deles.