A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em perigo um jovem no centro de um crescente movimento religioso. Mas Daryl se junta para cumprir seu trabalho de mensageiro.
Com o passar dos m...
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*•••[80 ─── Julian]•••*
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╰┈➤ A panela vazia repousava esquecida sobre a mesinha da varanda. O cheiro do que antes fora jantar já havia sumido, restando apenas o vento frio da madrugada que invadia o ar.
Daryl apoiava os braços no corrimão, o olhar fixo na rua tomada de mortos. O rosto sério, a respiração pesada, como se buscasse forças na imensidão escura diante dele.
Alexia surgiu logo atrás. Nos dedos delicados, carregava uma fotografia já amarelada, resgatada de dentro de uma gaveta do apartamento.
Ela encostou no ombro do seu marido e levantou a foto.
─── Olha só... deviam ser os donos daqui.
A imagem mostrava uma família de quatro pessoas: pai, mãe, duas crianças pequenas. Todos sorrindo em frente a um carro antigo, parados em um campo aberto.
A foto carregava uma alegria congelada no tempo.
Daryl baixou o olhar e a observou por longos segundos.
─── Tão... normais. ─── O Dixon murmurou, quase sem voz.
Alexia assentiu devagar, guardando aquele silêncio junto dele.
─── Acha que... ainda tem gente assim viva por aí? ─── Alexia perguntou, seus olhos marejando um pouco.
─── Tem que ter. ─── Daryl respondeu sem hesitar, firme, como se falasse para os dois.
Ela respirou fundo e então sorriu de leve, se aproximando mais dele.
─── Fico pensando... se Camille tivesse aqui, ia gostar de ver essa foto. Ela sempre adorava essas coisas de família.
Daryl fechou os olhos por um instante, a mandíbula travada. O nome da sua filha os atravessava como uma flecha.
─── Ela ainda gosta. ─── Daryl respondeu, sem desviar o olhar da rua.
Alexia engoliu em seco e, sem aguentar, encostou a cabeça no ombro do seu marido.