Found family • Daryl Dixon

ᥫ᭡ [96 ─── El camino a Barcelona]

*•••[96 ─── O caminho para Barcelona]•••*

╰┈➤ Daryl e Alexia chegaram na comunidade de Mateo quando o sol ainda era tênue. Uma névoa leve pairava entre as pedras e o calor do dia anterior já dera lugar a um frescor incerto.

Mateo e seus homens os conduziram até um abrigo rústico circundado por estruturas de pedra empilhadas, algumas lonas penduradas, pedras usadas como assentos e recipientes vazios abastecendo-se de sombras e casas destruídas.

O casal entrou com cautela.

O olhar de Daryl vigiava cada canto, cada rosto. Alexia caminhava ao lado, mais firme, mais aquecida pela proximidade dele, sentindo que o frio da noite anterior perdera parte do seu peso.

Logo, depois de se sentarem, lhes deram água em recipientes de metal que foram passados entre as mãos ásperas dos leprosos.

Eles beberam com avidez, o líquido fresco saciando a sede que doía nas gengivas secas. Sem hesitar, Alexia fez o mesmo que seu marido, o pedido por água, que, logo foi atendido: Mateo comandava e uma mulher se movia, carregando o caldeirão com água.

Então chegou uma mulher negra ─── A única ali sem marcas visíveis da lepra ─── Com passo firme e olhar firme também. Ela parou diante deles, interrompeu a distribuição de água e deixou claro que não haveria mais por agora. O fluxo foi contido. A água que já tinham era tudo o que lhes dariam por extensão.

Alexia e Daryl, mesmo cansados, assentiram e ficaram quietos.

Mateo ficou em silêncio por alguns minutos, explicando como encontraram Daryl vagando no deserto, como viu o rifle que ele carregava e, depois, como viram Daryl e Alexia sentados no frio. Quando Mateo terminou, ela determinou que mais água não seria dada e se afastou.

O silêncio caiu pesado no abrigo por momentos.

Algum tempo depois, Amaia ─── Nome que Daryl e Alexia aprenderam ─── Se aproximou deles.

Amaia contou que um Homem, mau, vindo num trem, roubara a água deles.

Alexia fez um momento de ter entendido, mas Daryl perguntou se esse Homem também destruíra sua cidade natal. Amaia explicou que não foi um Homem sozinho: Foi a guerra civil que consumira seu lar.