A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em perigo um jovem no centro de um crescente movimento religioso. Mas Daryl se junta para cumprir seu trabalho de mensageiro.
Com o passar dos m...
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*•••[78 ─── Entre paredes]•••*
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╰┈➤ Voltaram para dentro. A varanda não oferecia nada além da visão da morte os cercando.
O som da horda batendo contra as paredes do prédio reverberava lá embaixo, lembrando-os de que não havia saída fácil.
Alexia soltou o ar preso nos pulmões e caminhou em direção à cozinha. O silêncio dentro do apartamento era quase mais pesado que o barulho de fora.
Daryl ficou parado no meio da sala por alguns segundos, os olhos azuis analisando cada detalhe como se fosse caçar rastros no mato.
─── Fica aqui. ─── Daryl pediu, baixo, ajeitando a besta. ─── Vou dar uma olhada nos outros apartamentos.
Alexia o olhou de relance, já abrindo o primeiro armário da cozinha.
─── Tá. Só... cuidado.
Daryl não respondeu. Apenas assentiu com aquele jeito dele, discreto, mas que dizia mais que palavras. Logo desapareceu pelo corredor.
Alexia abriu mais um armário, o som da porta rangendo ecoando no espaço vazio. Dentro, alguns pacotes antigos, fechados e embolorados.
Ela fez uma careta, jogando fora o que não servia.
─── Tinha que ser assim, né... ─── Alexia murmurou, abrindo outro.
Encontrou uma pequena lata de feijão. Enferrujada, mas ainda intacta. Segurou como se fosse um tesouro.
Por um instante, a mente dela fugiu para longe. Imaginou Camille sentada à mesa, reclamando do gosto, mas comendo mesmo assim porque “mamãe mandou”. O peito dela apertou e os olhos marejaram.
Ela respirou fundo, piscou rápido e voltou ao presente.
No fundo do armário, havia também um frasco pequeno de sal. Alexia o pegou com um sorriso discreto.
─── Pelo menos dá pra fingir que tem gosto.
Colocou a lata sobre o balcão, já pensando em como improvisar sem fogão, sem fogo, sem nada. O apocalipse tinha reduzido qualquer refeição a uma luta diária contra o vazio.