A chegada de Daryl Dixon à França desencadeia uma violenta cadeia de eventos que inadvertidamente coloca em perigo um jovem no centro de um crescente movimento religioso. Mas Daryl se junta para cumprir seu trabalho de mensageiro.
Com o passar dos m...
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*•••[98 ─── Ao redor da fogueira]•••*
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╰┈➤ Daryl acordou num susto durante a noite escura, seus olhos se abrindo e arregalando.
O Dixon passou as mãos no seu rosto, tentando respirar fundo, mas as imagens ainda vinham, cortando a mente ─── O cheiro do álcool barato, a voz do pai, os gritos.
Ao lado dele, Alexia se mexeu devagar, sentindo o movimento brusco e abriu os olhos num sobressalto, ainda sonolenta, mas logo entendeu.
─── Ei... ─── Ela chamou, baixinho, tocando o braço dele. ─── Pesadelo de novo?
Daryl não respondeu de imediato. Só respirava rápido, o olhar perdido no chão.
Alexia se sentou, puxando o cobertor pra perto, e colocou uma das mãos na nuca dele, forçando-o a relaxar.
─── Olha pra mim, Daryl. Tá tudo bem. É só um sonho, tá?
Mas ele não olhou.
No lugar disso, inclinou o corpo pra frente e enterrou o rosto no estômago dela, os braços envolvendo a cintura da sua mulher com força, como se precisasse se agarrar a alguma coisa real.
Alexia engoliu seco, sentindo o coração apertar e passou seus dedos pelos cabelos dele, fazendo um carinho leve, paciente. Ela ficou ali, sem pressa.
─── Quer me contar o que foi dessa vez? ─── Alexia perguntou, com a sua voz calma.
Daryl respirou bem fundo, o som pesado.
─── Era o meu velho. ─── O Dixon murmurou, rouco. ─── Ele tava lá... de novo.
Alexia não disse nada. Só continuou acariciando o cabelo dele, esperando.
─── Ele tinha bebido... ─── Daryl continuou, devagar, a sua voz falhando. ─── E Merle... Merle me mandou correr.
O silêncio se alongou, mas Daryl se forçou a continuar:
─── Eu corri e corri o quanto consegui. Mas o velho me achou mesmo assim. Disse que eu era igual à minha mãe. Que devia ter morrido com ela.