ARTHUR

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Como pode uma coisa dessas? Não consigo parar de pensar nessa mulher.
Nunca isso me aconteceu antes, nunca fiquei pensando em uma pessoa o tempo todo com somente uma simples transa. E o pior, foi que foi uma daquelas. Ontem de manhã eu deveria ter me agarrado nela e a jogado no sofá para tê-la novamente ao invés de ter a deixado ir.

Essa manhã de domingo, acordei de mau humor já com meu celular tocando na mesinha ao lado da cama. Olhei no visor e só podia ser, Juliana. Mas essa mulher me enche o saco. Como pode ser tão insistente assim ? Não consigo entender. Será que elas não percebem que isso é irritante ? Bom, mas mesmo assim, resolvi atender, ou ela ficaria insistindo e não pararia fácil.

- Fala Juliana, seja breve. - falei já com raiva.

- Mas que mau humor logo pela manhã meu amor, não fique assim, se quiser posso ir ai te acalmar. - disse ela com uma voz manhosa e maliciosa.

- Não Juliana, não quero sua companhia, e fale logo o que você quer antes que eu perca minha paciência.

- ah então meu amor, queria te chamar para sair hoje a noite comigo, nada casual, vamos no shopping comer algo, preciso falar com você urgente, mas não pode ser por celular. - era só o que me faltava. Já não bastava aquele dia do restaurante, agora isso.

- Juliana já conheço seus truques, vai se repetir o mesmo do restaurante, não vou perder meu tempo com você.

- Por favor, prometo que agora falo o que eu tinha para te falar de tão importante.

- Tabom Juliana, eu vou, mas não me encha mas o saco. - falei irritado com toda essa enrolação.

- Okai, passe aqui em casa as 18!00 e... - antes de ela parar de falar desliguei, não aguentava mais a voz dessa mulher.

Me levantei da cama e fui até o banheiro fazer minha higiene matinal, lavei meu rosto e sequei com uma toalha que estava próxima. Fui até meu closed e coloquei uma roupa confortável para correr. Precisa pensar, colocar minhas ideias no lugar, preciso tirar Rebeca da minha cabeça antes que enlouqueça.

Depois de correr, voltei para casa, coloquei outra roupa e fui para um restaurante próximo almoçar, chamei Rodrigo para me fazer companhia e conversar um pouco.

- Então Arthur, aquele dia na boate, saiu com quem lá de dentro em pegador ? - perguntou ele com um tom de quem estava zombando.

- Ah, sai com uma mulher linda Rodrigo, você nem imagina. Uma morena tão gostosa, tão encantadora. - falei estranhando a minha mesma resposta.

- Ihhhhhhh mano, que isso agora em ? Linda ? Encantadora ? Bateu com a cabeça foi ?

- Que isso Rodrigo, só modo de falar. - disse tentando disfarçar meu incômodo.

Depois disso não tocamos mais no assunto. Ficamos jogando conversa fora, conversando sobre esportes, sobre a empresa e outras coisas meio clichês.


*************

Já eram 18!00hrs quando estacionei em frente o prédio de Juliana, ela ainda não havia descido então decidi subir para apressá-la.
Bati na porta e ela me recebeu com um olhar malicioso que já não causava mais efeito sobre mim.
Passei por ela e entrei indo para o centro da sala, ela fechou a porta atrás de si e veio até mim. Sem menos eu esperar ela enlaçou seus braços em meu pescoço e me beijou desesperadamente. Tentei afastá-la mas ela não saia, então a empurrei para longe.

- Você está louca Juliana ? Esta pensando o que? O que foi que disse no telefone ? Somente conversar lembra. - disse olhando para ela com raiva.

- Que isso meu amor. Não faça isso. - disse ela me olhando incrédula.

- Me poupe Juliana, vamos logo antes que eu perca a paciência. - falei abrindo a porta saindo, e ela vindo logo atrás.

Entramos no carro e fomos rumo ao shopping. Chegamos e fomos para a praça de alimentação. Sentamos em uma área reservada próxima a uma sorveteria.
Ficamos conversando um longo tempo, e não chegamos a lugar nenhum, ela não falava o era tão importante, e eu já estava impaciente.

- Arthur, eu queria lhe falar que não tiro você de minha cabeça, eu te amo e sempre te amei. - disse ela pegando em minhas mãos e as segurando. Afastei-as rapidamente pois não queria nenhum contato se quer com ela. 

- Juliana deixe de baboseira, não quero saber de seus sentimentos.

Falando isso olhei para frente, perto da sorveteria e vi uma mulher de costas. Eu conhecia aquelas curvas, eu conhecia aquele corpo... Não, pare Arthur! Eu só poderia estar vendo coisas. Precisava ir embora de lá. Conversei mais um pouco com Juliana, e me despedi indo embora deixando-a para trás.

Fui para casa e resolvi ir dormir, estava cansado e precisava descansar, amanhã acordaria cedo para o trabalho. Amanhã veria a mulher que não sai dos meus pensamentos. O que Rebeca fez comigo?



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Capítulo curtinho. Amanhã tem mais.

Bjs, BT.
Se tiver erros me desculpem, estou um pouco cansada.

Doce desejoOnde histórias criam vida. Descubra agora