Acordei com Rebeca dormindo em meu peito, lhe dei um beijo no topo da cabeça e sorri com aquilo. Quem diria, que um dia eu estaria acordando com uma mulher em minha cama, e ainda por cima, estivesse gostando disso. Não sei por que, mas me sinto bem perto dela, sinto que posso tudo se ela estiver ao meu lado. Nem quando eu estava com Juliana eu me sentia assim. E falando nela, não tenho sinal dela desde aquele dia que fomos comer juntos, mulher sumiu e eu estou estranhando isso. Mas voltando ao assunto de Rebeca, eu acho que estou gostando dela de verdade, e eu acho que ela sente o mesmo. Fiquei a fitando por um tempo, e ela era tão linda, eu não me cansava de olhá-la, desde que minha mãe morreu, eu não sentia carinho tão grande por uma pessoa como eu sinto com ela. Ela era diferente de todas as mulheres que eu já conheci, ela era amável, e não queria saber do meu dinheiro, e sim queria saber de dar amor e ser amada.
Estava acariciando seus cabelos quando percebi que Rebeca acordou, ela então abriu seus olhos, me olhou e me deu um sorriso enorme. O sorriso que eu amava receber dela.
- Bom dia morena. - disse dando-lhe um beijo rápido na boca.
- Bom dia. - disse ela me dando um sorriso.
- Mas então, vamos tomar um banho? Ainda precisamos passar em sua casa para ir trabalhar. - ela então me olhou com cara de decepção, e afundou a cabeça em baixo do cobertor, não pude deixar de rir disso, ela parecia uma criança não querendo tomar banho.
- Ah serio isso? Ta tão bom aqui. - disse me abraçando ainda mais forte sobre seu corpo.
- Eu até lhe daria uma folga sabe, mas o problema é que não dá, tenho que resolver umas coisas e preciso de você para me ajudar a organizar. Outro dia tiramos uma folga meu amor. - meu amor? Ai meu senhor. O que estava dando em mim? Ah não sei.
- Tabom.
Fomos então para o banheiro tomar nosso banho, e claro não podemos deixar de fazer amor pela manhã. Nos enrolamos nas toalhas, eu fui colocar meu terno e ela colocou suas roupas de ontem, mas iria trocar quando chegasse em casa. Comemos alguma coisa antes de ir, e fomos para casa dela. Chegando lá, Eu fiquei a esperando na sala enquanto ela se aprontava. Percebi então que meu telefone tocava e só podia ser. Juliana. Estava bom de mais para ser verdade. Atendi com raiva, não queria falar com ela tão cedo. Bom, nunca mais.
- O que você já quer Juliana?
- Que isso amor. Fiquei sabendo que já está com uma nova foda, é verdade? Disseram que é sua secretária ainda por cima, tem vergonha não? - disse ela num tom de quem estava me zombando. Mas a dúvida era, quem havia contado isso para Juliana? Ninguém da empresa a conhecia.
- Não fale assim dela Juliana, e me deixe em paz inferno.
- Ah sim claro, mas só quero dizer, que isso não vai durar tanto tempo docinho, você vai ficar comigo, e esse coitada... - não a esperei responder e desliguei o telefone. Estava cheio das baboseiras de Juliana.
Olhei para o outro lado e vi Rebeca. Estava linda em sua calça jeans, sua blusa com uma decote pequeno e uma sapatilha. Parecia até uma adolescente. Sorri ao vê-la.
- Linda como sempre. - disse chegando perto e lhe dando um beijo longo.
- Obrigado, mas então vamos? Não posso me atrasar mais, meu chefe não tolera isso. - dei uma gargalhada com o que ela disse.
- Ok, mas se você ainda não percebeu, seu chefe mudou, e está muito feliz com isso, pois com a mudança, ganhou em troca uma coisa maravilhosa. - eu disse e lhe abracei, dando-lhe mais um beijo. - mas então, agora vamos. Disse pegando em sua mão e indo para o carro.
Chegamos no escritório, e cada um foi para seu lugar de trabalho.
Queria que Rebeca trabalha-se em meu escritório. Mas como havia regras, devíamos segui-las. Sai de meus pensamento quando ouvi duas batidas na porta, e quando se abriu, pude ver Rebeca sorrindo vindo em minha direção.
- Vim lhe trazer estes relatórios. - disse me entregando uns papeis.
- Ok, obrigado. Mas amor, não precisa bater na porta para entrar. Ao menos você não precisa.
- Tabom então, estou indo almoçar ok? Quer ir junto? - disse me perguntando fazendo uma carinha que eu não gostava de negar as coisas quando ela fazia.
- Hoje não dá meu amor. Vou almoçar aqui, preciso reorganizar umas papeladas.
- Então Tabom, estou indo. - disse me dando um beijo e saindo.
Estava reorganizando os papéis, enquanto meu pensamento estava lá em Rebeca, queria muito ter ido almoçar com ela, mas não dava. Ouvi então duas batidas na porta e pensei que seria Rebeca e gritei.
- Já disse que não precisa bater na porta para entrar Rebeca.
- Pensou que era quem baby? Sua foda nova? - eu não acreditava. O que Juliana estava fazendo aqui?
- O que você esta fazendo aqui Juliana? Já não disse que não quero te ver?
- Calma meu amor, só vim te ver, saber se está bem. - disse vindo em direção a mim e passando seus braços em meu pescoço.
- E você já viu que estou muito bem. - disse me levantando e indo até a porta em menção de fazê-la sair. - mas agora já pode ir embora, tenho muita coisa para fazer. Ela então veio em minha direção e sem eu esperar, me deu um beijo. Tentei impedir mas era tarde de mais. Quando ouvi Rebeca falando e vendo aquela cena, consegui me desgrudar de Juliana. Juliana então nós olhou com um sorriso triunfante no rosto, e saiu andando. Para fora do prédio.
- Meu amor, trouxe minha comida para almoçar... - ela nem terminou de falar me encarou por uns segundos já com algumas lágrimas nos olhos e saiu da minha sala correndo para fora do prédio. A essa hora Juliana já deveria ter entrado em seu carro e ido embora. Eu então em desespero, sai correndo atrás de Rebeca, até encontrá-la já lá em baixo, esperando para atravessar a rua e pegar um táxi.
- Rebeca meu amor, por favor espere, eu posso explicar.
- Não Arthur, você não pode. - disse-me e logo após entrou no táxi e foi embora. O que eu iria fazer agora? Juliana estragou tudo. Tudo.
Será que eu havia perdido minha Rebeca?
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Consegui escrever um capítulo, está curtinho gente, mas é porque meu dia esta cheio hoje.
Amanhã prometo que posto dois para recompensar.
Beijos meus amores.
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Doce desejo
RomanceRebeca, uma mulher de 22 anos, que decidiu que deveria recomeçar a vida em outro lugar, para tentar esquecer seu passado doloroso, resolveu mudar-se para NY. Mal sabe ela, que essa sua nova vida mudará completamente. Arthur Andrade, um homem de 28...