9 meses depois...ARTHUR
Rebeca já estava com nove meses e os bebês a qualquer momento poderiam nascer, fomos no médico e ele disse que dessa semana não passaria, e então, fiquei todos os dias junto com ela. Meu cuidado com Rebeca aumentou ainda mais depois que o médico disse que a gravidez dela mesmo estando tranquila, tinha risco. Não permitiria que acontecesse nada com os 3. Eram as pessoas mais importantes da minha vida, e não viveria sem eles. Meu pai, depois que soube que seria avô, passou a ficar mais presente nas nossas vidas. Ele veio umas duas vezes nos visitar e ficou encantado com Rebeca. A mulher dele não veio, pois não permiti que ele a trouxesse. Rebeca estava estressada, e mais do que nunca, tinha um desejo por sexo fora do normal. Havia dias que ela estava chorosa e em outros ela não me queria ver na frente dela. Lembro o dia que ela me colocou para dormir no sofá, só porque não a deixei sair de casa, pois o médico havia pedido repouso. Agora eu dou risada, mas nesses nove meses eu sofri. Não via a hora que ver o rostinho das minhas duas menininhas. Sim, duas mocinhas estão vindo ao mundo. A Isabella e a Yasmim. Minhas duas princesas. Quem adorou a ideia de duas meninas foi Rebeca, comprou várias roupas, vertidos e tudo que uma menina use. O quarto delas é todo rosa e roxo, e decorado com papéis de parede de princesas, escolha de Rebeca. Rebeca ficou com uma barriga enorme, mas ainda sim, com o mesmo corpo de antes, mesmo comendo por três, continua gostosa.
Estava procurando Rebeca, e já comecei a ficar preocupado pensando que havia acontecido algo, e quando passei em frente ao quarto das meninas, pude ver ela do lado dos berços acariciando a caminha de cada uma. Ficava olhando a decoração, e sorrindo. Imaginando as duas aqui, quando elas crescerem. Já havia comprado vários brinquedos, e já havia até balanço no gramado do quintal. Estava tudo pronto para a chegada das duas. Já haviam 4 bolças em cima do puf do quarto, duas de Isabella e duas de Yasmim, e claro não poderia faltar a mala exagerada de Rebeca. Não sei para que levar tanta coisa para um hospital, sendo que ela só ficará lá por 3 dias. Estava no batente da porta olhando Rebeca de costas, e quando ela se virou deu um gritinho de susto quando me viu.
- Que susto Arthur! - disse fazendo cara de brava e depois dando um sorriso.
- Não queria lhe assustar meu amor. É que você estava tão linda ai, que não queria atrapalhar e parar de te olhar. - disse chegando perto e lhe dando um beijo nos lábios.
- Arthur! - disse olhando para baixo. Olhei também e pude ver um líquido escorrendo por suas pernas. - minha bolsa estourou. - disse já começando a me apertar e pude perceber que ela estava tendo contrações. Foi muito rápido quando a levei para o carro e coloquei as coisas lá dentro indo direto para o hospital. Rebeca estava ao meu lado gritando de dor, e apertando a porta como se fosse arranca-lá fora.
Chegamos ao hospital, dei entrada no nome de Rebeca, e já a levaram para sala de parto. Eu iria entrar com ela, então me pediram para ir trocar de roupa, e já que eles me chamariam pois iriam a preparar antes. Me chamaram e entrei na sala, Rebeca estava suada e ainda gemendo de dor, haviam lhe dado anestesia, mas pude ver que não foi o bastante, não entendia essas coisas, então não sabia o que estava acontecendo direito, sabia somente que minhas filhas iriam nascer. Havia um pano entre a parte da cirurgia, e o pescoço de Rebeca cobrindo tudo. A cesariana de Rebeca estava marcada para daqui dois dias, mas pude ver que as meninas não podiam mais esperar. Começou então a cirurgia e eu permaneci ao lado de Rebeca. Haviam aplicado ainda mais anestesia então já havia cessado a dor. O médico me chamou então, e disse que já estava quase acabando e que eu já poderia olhar. Não demorou muito até que eu pude ver o rostinho da minha primeira filha, já estava chorando feito um bobo, e quando ela deu seu primeiro chorinho então, eu desabei. Me mostraram ela de pertinho e eu me apaixonei ainda mais. Tiraram a outra, e eu chorei ainda mais do que estava chorando. Eu iria secar toda a água do meu corpo deste jeito. Fui para o lado de Rebeca, e as meninas estavam com ela, o médico havia as colocado do lado dela para ela ver. Rebeca estava chorando, e sorrindo, e eu, estava apaixonado. Levaram as meninas para o berçário e me pediram para sair, pois iriam limpar Rebeca, e já que ela iria para o quarto. Me disseram que as meninas iriam depois de 3 horas para o quarto, mas que eu poderia vê-las pelo vidro do berçário assim que as limpassem.
Sai da sala de cirurgia e lá fora encontrei Paula e Rodrigo abraçados, e quando me viram, vieram em minha direção perguntando como elas estavam. E a minha reação ? Chorei feito uma criança.
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Doce desejo
RomanceRebeca, uma mulher de 22 anos, que decidiu que deveria recomeçar a vida em outro lugar, para tentar esquecer seu passado doloroso, resolveu mudar-se para NY. Mal sabe ela, que essa sua nova vida mudará completamente. Arthur Andrade, um homem de 28...