Prólogo

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Tempos atrás ...

Justine chegou da escola e subiu as escadas depressa. No corredor, ouviu as risadas e os sussurros vindos do quarto do irmão e virou os olhos inconformada. Se seu pai soubesse que o Max frequentemente trazia suas "amigas" para prestarem favores indecorosos nos fins de semana sem se importar que sua irmãzinha caçula podia ouvir cada indecência emitida por sons nada agradáveis, por certo seu irmão estaria em maus lençóis.

Devido às palestras que frequentemente dava nas universidades de medicina de todo o país, seu pai viajava com frequência e sua mãe, uma ciumenta de primeira linha, acompanhava o marido à todos esses eventos. Não era comum eles se ausentarem aos fins de semana, mas para alegria de Max, às vezes acontecia.

O pai confiava sua filha menor aos cuidados do irmão durante essas viagens e não que Max fosse irresponsável, mas como qualquer universitário, ele gostava de festas, bebedeiras e mulheres. Era esperto o suficiente para não deixar Justine sozinha quando estava na responsabilidade de cuidar dela, assim se não podia ir às festas, às festas vinham até ele.

Max não fazia nada escondido, ele sempre ligava para o pai e pedia permissão para que seus amigos pudessem vir à sua casa. Ele era um filho para se orgulhar e nunca tinha dado motivos para que seus pais se preocupassem. Então para não privá-lo de ter alguma diversão, seu pai sempre concedia.

Acontece, que nem em seus sonhos seu pai podia imaginar que nas reuniões informais de Max, o sexo rolava solto e descontraído.

A porta se abriu e uma menina um tanto descabelada, descalça, usando apenas uma camiseta muito longa e com cara de quem tinha acabado de ser bem comida, saiu com um risinho besta na cara. A moça estacou quando viu Justine parada no corredor.

-Hei. Você deve ser a irmãzinha do Max. Eu sou...

-Não me interessa quem você é... dá o fora.

Lá de dentro Max gritou.

-Não ligue pra ela Mel. Vá logo buscar as cervejas.

A moça lançou um olhar "que-se-foda-essa-pirralha" e caminhou em direção à cozinha. Justine entrou no quarto do irmão com raiva acumulada e já gritando sua indignação, então estacou surpresa e uau...muito surpresa.

-Olha aqui Max, eu vou contar...tudo...para...o................meu pai.

Max estava deitado, relaxado, fumando um cigarro enquanto seu amigo Jason, estava em pé com a mão em concha tentando acender o seu. Ambos estavam pelados. Puta.que.pariu. Eles estavam muito pelados, tipo...estátuas de mármores gregas com todas as partes expostas e Deus.do.céu, eram partes enormes.

Max deu um pulo da cama.

-Que merda Justine saia daqui.

Jason se cobriu com as mãos e se queimou com o cigarro. Deu um grito, soltou um palavrão e o cigarro voou da sua mão. Ele tentou pegar, mas teve que descobrir suas partes íntimas enquanto inutilmente se esforçava em não deixar o fumo cair aceso no chão. Ao mesmo tempo o irmão da menina tentava sem sucesso se cobrir com um lençol que de tão emaranhado enroscou em sua perna e o desequilibrou. A cena seria hilária se não fosse o fato de que a menina estava estática olhando tudo aquilo com seu coração quebrando em mil pedaços.

A voz raivosa de Max tirou Justine do seu estado catatônico.

-Quer parar de olhar o pau do Jason e sair do meu quarto? Agora.

De fato, a menina estava com os olhos fixos no membro do melhor amigo do seu irmão e então o constrangimento tingiu seu rosto de vermelho e ela saiu correndo esbarrando com a universitária que voltava com as cervejas na mão. Justine empurrou a moça com força derrubando-a no chão junto com as garrafas que se estatelaram no piso de madeira.

Os agentes do BSS - Livro V "A Armadilha"Onde histórias criam vida. Descubra agora