Jason acordou com o barulho da arrumação sendo feita na casa. Os olhos pesados se abriram com dificuldade e logo ele se lembrou de que não estava sozinho. Virando-se com dificuldade, ele esbarrou no corpo quente da menina que tinha passado a noite com ele. O rapaz respirou fundo e colocou os pés no chão. Ressaca dos infernos. Ele seguiu para o banheiro e se deparou com a bagunça feita no dia anterior. Cacos do que um dia tinha sido um vaso de ceramica caro estava espalhado por todo o local.
Rindo das lembranças inusitadas, ele pulou aqui e ali e entrou no chuveiro. O beijo que havia trocado com Justine se instalou em sua memória. Menina louca. Estranha, seria a palavra que melhor a descrevia. Ele tocou o lábio ferido e riu. Por pouco não teve os dentes rachados pela ansiedade dela em beijá-lo.
Assim que terminou, Jason voltou para o quarto e acordou sua acompanhante. Caramba, qual era o nome dela mesmo? Valéria, Valesca, Vanessa??? Ele pensou um pouco e desistiu. Ah, não valia o esforço, nem iria vê-la novamente mesmo. Sem nenhuma delicadeza, ele chacoalhou a menina que acordou meio atordoada. Ela estava com um chupão enorme no pescoço e de repente Jason sentiu asco. Essas meninas de uma noite só dava para encarar de cara cheia mesmo.
Sorrindo ele a ajudou a se firmar. Ao que parecia, ela ainda se encontrava embriagada. Depois de usar o toalete rapidamente, ela se aproximou e o beijou enquanto sua mão colocava um papel no bolso traseiro do jeans dele.
Eles se despediram com um gesto de até logo e Jason fuçou seu bolso. Havia o endereço da página do Facebook e o número do WhatsApp. Ele amassou e jogou fora. Em seguida, Jason desceu as escadas e foi direto para a cozinha.
Max e Arnaldo pareciam dois zumbis tomando café. Cabelos desalinhados, olheiras profundas e movimentos letárgicos. Jason entrou e os três amigos se encararam. Nenhuma palavra foi dita e os três caíram na risada. Que noite trash. A bebedeira tinha ido até as quatro da manhã e eles se lembravam que depois de certa hora, todo mundo estava pegando todo mundo e trocando de parceiros sem nenhum pudor.
A governanta da casa entrou e estacou com a imagem dos três rapazes rindo como loucos.
-Jay, sua mãe vai surtar. Aquele vaso chinês caríssimo que ela trouxe da sua última viagem pela China está espatifado em pequenos pedaços irrecuperáveis em seu banheiro.
-Eu sei.
-O que eu digo à ela?
-Que quebrou ué.
A senhora bufou e saiu murmurando impropérios cabeludos e os rapazes riram ainda mais. Max se levantou da banqueta.
-Vamos lá pra casa. Sua governanta vai surtar quando entrar nos outros quartos e quero estar bem longe daqui.
Os três saíram e minutos depois estavam seguindo para a tranquilidade da casa de Max.
Justine acordou e se espreguiçou feliz. A primeira imagem que veio em sua mente foi a de Jason e aquela boca sexy que deveria ser autuada por periculosidade. Revivendo o beijo vezes e vezes seguida a menina seguiu para o banheiro cantarolando.
Assim que saiu da ducha, ela ouviu o barulho do carro do seu irmão. Justine saiu correu para espiar pela janela. Deus.do.céu, Jason estava com Max. Um pouco ansiosa, um pouco perturbada, Justine se enfiou em seu closet e começou a passar os cabides de roupas um atrás do outro com algum desespero para achar algo sensual. Não tinha nada que chegasse perto do que as meninas que lá da festa estavam usando.
Optou por uma saia bem curta e uma regata justa que realçava seus seios volumosos mas a deixava com um ar casual. Calçou sandálias rasteiras e desceu depressa para a sala.
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Os agentes do BSS - Livro V "A Armadilha"
RomantizmJason olhou para Justine com raiva contida. Menina dos infernos, dezesseis anos de pura audácia e irresponsabilidade. Se ela pensava que iria ficar com algum daqueles imbecis bem embaixo do nariz dele, estava muito enganada. Ele caminhou...