Mordida pelas Sombras

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-Mordida pelas sombras? Como assim? - pergunto, confusa.
-O Christopher é um vampiro muito antigo e poderoso. Ele tem quase um milénio e meio e foi dos primeiros a existir. Já foi condenado há uns quinhentos anos por tentar criar um exército de Iniciados. Esteve quatrocentos e noventa e sete anos preso. O Chris é uma sombra. Persegue te e é muito difícil de apanhar. Mas talvez não corras perigo. Se ele quisesse fazer te alguma coisa já o teria feito.
-Ou então está só à espera da altura certa para atacar.
Ele suspira e concorda com um aceno de cabeça.
-Não vou deixar que ele te faça mal.
Ele puxa me suavemente e eu encosto a minha cabeça no seu peito.
Ouvesse uma "tosse" vinda da porta. Olhamos os dois e Kate está a olhar para nós com uns olhos muito brilhantes.
-É hora do abraço? - pergunta, sorridente, de braços abertos.
Dou lhe espaço e acabamos os três abraçados.
-Obrigada, Kate. - diz o Kyle.
-Por te impedir de morrer? Não tens de agradecer, é uma coisa ao qual já estou habituada. - responde, brincalhona.
Rimos os três e dirigimo nos para o sofá. Sento me ao lado de Kyle com as pernas por cima das dele e Kate senta se no cadeirão.
-Já lhe contaste? - pergunta me Kate.
-Já me contaste o quê? - fica Kyle desconfiado.
-Que não és o seu Progenitor mas sim o Chris.
-Como é que conheces o Chris? - pergunta lhe Kyle.
-Porque ele também é meu Progenitor...
-Espera! - Kyle levanta se - Tu agora também és vampira?
Kate confirma.
Ele começa a andar de um lado para o outro, preocupado. Começa também a esfregar a parte de trás do pescoço.
-Kyle, o que se passa? - pergunto.
-Estava a tentar perceber o que é que ele ganha com isto... Será que ele está outra vez a formar um exército de Iniciados?
-Então temos de descobrir o que se passa! - digo eu e a Kate em conjunto.

Mais tarde quando Kate se foi embora, fiquei só eu e ele. Ficámos deitados na minha cama a olhar para o teto.
-Mia... Eu preciso de te perguntar uma coisa.
-Claro, diz.
-O Chris é o teu Progenitor... Sentes atração do laço de sangue?
Quem me dera poder dizer que não...
-Kyle...
-Sentes não sentes?
-Sim.
Está magoado e já não olha para mim.
Começa a levantar se em direção da sala. Levanto me também e sigo o.
-Kyle... - chamo quase desesperada. Não o quero perder.
Abre a porta e diz me.
-Não te preocupes. Eu só preciso de um tempo. Passo cá amanhã para procurarmos o Christopher. - dá me um beijo na testa - Amo te.
-Também te amo.
E ele sai.