Um ruído agudo tomou o quarto acordando Alina, do que parecia ser um sono profundo. Seus olhos rapidamente se acostumaram com a penumbra, arregalou-os assustada, no entanto, desta vez reconheceu o ambiente familiar de onde estava. O dia a pouco havia amanhecido, o relógio marcava seis da manhã, o barulho ao fundo havia cessado; do dia anterior lembrava vagamente do que ocorreu até começar a passar mal, mas aquela sensação estranha de morte ainda estava presente até aquele momento. A garota se sentia sonolenta, confusa.Ao fundo o barulho se fez presente mais uma vez:
"Triiiim... Triiiim"
— Alô?
— Lina? Ainda estava dormindo? Não vai pra escola de novo?
— Oi, Marina — Alina respondeu um tanto desanimada.
— Sabe, estava pensando que poderíamos ir pra escola juntas — a amiga falou manhosa. — Sei que deve estar com raiva de mim pela noite na floresta, mas...
— Eu realmente estava — Alina retrucou rapidamente —, chateada, não com raiva, mas já passou.
— Ah — Marina expressou com voz baixa. — Você está bem?
Depois de um silêncio meditativo, Alina falou:
— Sim, acho que estou. E você?
— Ah! Eu estou ótima e tenho novidades — Marina falou animada. — Podemos conversar no caminho para escola...
— Seria bom.
— Certo Cachorra! Passo aí para te pegar — disse e assim a ligação se encerrou.
Alina se levantou relutante, sua roupa ainda eram a mesma da noite passada. Encarou-se no espelho e sentiu pena de si mesma, seu rosto estava pálido, seus olhos fundos e seus cabelos desgrenhados. Se perguntou se a um ano atrás se encontrava assim; desanimada, insegura, cheia de perguntas. Afastou o pensamento maneando a cabeça, caminhou então até o corredor vendo a porta do quarto de sua mãe aberta, o cômodo vazio. Suspirou indo direto para o banheiro. Se apressou em se arrumar e quando ouviu a buzina, já estava pronta. Lá fora o sol em sua pele trouxe um desconforto que nunca sentiu igual. Seu corpo formigava. Rapidamente abriu a porta do carro e entrou, temendo passar mal novamente, não entendia o que se passava em seu organismo, sua saúde sempre foi perfeita, sequer lembrava de ter ficado doente na vida.
— Você não dormiu essa noite? — Marina disse logo de cara.
— Dormi.
— Pois não parece... Não está mais zangada comigo, certo?
— Não — Alina tentou sorrir.
— Que bom! Porque tenho novidades.
— É mesmo? Qual?
— Fiquei sabendo que uma nova família se mudou para aquela casa perto das montanhas, sabe? — Alina estremeceu só de ouvir. — Aquela que estava fechada a anos...
— Já estou sabendo — retrucou desviando o olhar.
Marina arqueou as sobrancelhas.
— Cachorra — Marina disse dando um leve gritinho.
— Mari!
— Ok, desculpa, mas como ficou sabendo? Já sabe quem são eles?
— Os Campbell? Não vai gostar deles...
— Porque não? Alina, porque não vou gostar deles? — insistiu irritada com o silêncio da amiga. — Primeiro, como você conheceu eles? Começa a falar! Quero saber de tudo...
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DarkBlood - Herdeira Sanguínea | Livro I
FantasyAlina Donovan nunca pensou que seres sobrenaturais pudessem existir, até ser atacada pelo vampiro Derek Campbell, quando se conhecem na mística Fortilen City. A jovem não é como os outros humanos que Derek já conheceu, o passado dela guarda um segre...